A Vibra Energia é uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, dona da marca Postos Petrobras que você vê espalhados em quase todas as cidades do país. Além da gasolina e do diesel que abastecem carros, caminhões e ônibus, a companhia também atua em aviação, lubrificantes e, mais recentemente, vem investindo forte em energia renovável, com parques solares e eólicos.
No segundo trimestre de 2025, a Vibra enfrentou um cenário desafiador: quedas nos preços internacionais dos combustíveis e perdas relevantes com estoques (chamadas de perdas de inventário). Isso afetou diretamente o lucro. Por outro lado, a empresa conseguiu crescer em renováveis, lubrificantes e até ganhar participação de mercado.
📊 Receita: ainda em alta
👉 Receita líquida é o quanto a empresa fatura com suas vendas, já descontados impostos.
- 2T25: R$ 45,7 bilhões (+8,2% vs. 2T24).
- 1S25 acumulado: R$ 90,8 bilhões (+10,6% vs. 1S24).
📌 Apesar do lucro menor, a empresa vendeu mais em valor, com destaque para gasolina (+5% YoY) e lubrificantes (+6%).
💰 Lucro: queda forte
👉 Lucro líquido é o “dinheiro que sobra” depois de todas as despesas.
- 2T25: R$ 292 milhões (-66% vs. 2T24).
- Lucro ajustado: R$ 493 milhões (-43%).
- 1S25 acumulado: R$ 893 milhões (-46% vs. 1S24).
📌 O tombo no lucro veio, principalmente, das perdas de inventário. É como se a empresa tivesse comprado combustível caro e depois precisasse vender mais barato, quando o preço caiu.
⚙️ Operação (EBITDA): resiliência com renováveis
👉 EBITDA mede a força operacional da empresa, antes de impostos e dívidas, como se fosse a “potência do motor”.
- EBITDA ajustado 2T25: R$ 1,47 bilhão (-5% vs. 2T24).
- EBITDA recorrente (sem efeitos extraordinários): R$ 983 milhões (-29%).
📌 O segmento de Renováveis foi o destaque positivo, com EBITDA de R$ 274 milhões (+21%), sustentado por novos projetos solares e eólicos.
🛢️ Volumes e mercado
- Volume total 2T25: 8,7 milhões m³ (estável vs. 2T24).
- Lubrificantes: +6% YoY, maior nível desde 2020.
- Market share: participação subiu para 23,7% em junho (+0,3 p.p.).
👉 Mesmo em um ambiente desafiador, a Vibra conseguiu manter presença forte no mercado e ampliar participação.
📉 Dívida
👉 Dívida líquida é o que a empresa deve menos o que tem em caixa.
- Dívida líquida 2T25: R$ 21,0 bilhões (dobrou vs. 2T24).
- Alavancagem: 1,8x EBITDA (ainda em nível administrável).
📌 A alta se deve à compra da Comerc Energia, que ampliou a presença da Vibra no setor de renováveis.
💸 Dividendos e ações
- Pagamento de R$ 262 milhões em proventos no 2T25.
- Cotação em 30/06/25: R$ 21,66 (alta de 22% no trimestre, vs. 6% do Ibovespa).
👉 Ou seja: mesmo com lucro menor, o mercado se mostrou confiante, refletindo o potencial de longo prazo.
✨ Conclusão
O Balanço Descomplicado 📊 da Vibra Energia no 2T25 mostra uma empresa vivendo altos e baixos:
- 🚗 Crescimento em gasolina e lubrificantes.
- 🌱 Segmento renovável em expansão (+21% EBITDA).
- 💰 Lucro líquido despencando (-66%).
- 📊 Receita ainda crescendo (+8%).
- 📉 Dívida em alta após aquisição da Comerc.
👉 Em resumo: a Vibra “escorregou” nos estoques, mas mostrou força em energia limpa e manteve liderança no mercado de combustíveis.