Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou mais um corte na taxa básica de juros da economia brasileira de 2,25% para 2%.

Vale lembrar que esse foi o nono corto seguido na Taxa Selic e a decisão foi unânime.

Com esse corte, a Taxa Selic atingiu a mínima história desde 1999, quando entrou em vigor o regime de metas para a inflação.

Segundo analistas do mercado financeira, esse corte será o último promovido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) e eles acreditam fortemente que na próxima reunião, já haverá um aumento.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) emitiu uma nota informando que entende o que está acontecendo não apenas no Brasil, mas no mundo e que o espaço para novos cortes, se houver, serão menores.

“O Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, informa o comunicado.

Efeitos do corte de juros

Operações de crédito: ao baixar o juro básico, o BC estimula redução dos juros bancários e alta no crédito. No primeiro semestre, os bancos repassaram o corte do juro básico para suas linhas de crédito e os empréstimos subiram (também influenciados pelas linhas emergenciais do governo, para combater a pandemia do novo coronavírus).

Investimentos: uma eventual nova redução da Selic também afetará aplicações financeiras como a caderneta de poupança e os investimentos em renda fixa. Se o juro básico da economia recuar para 2% ao ano nesta semana, a correção da poupança seria de 70% desse valor – o equivalente a 1,4% ao ano, mais a Taxa Referencial.

Gastos com juros: em um momento de forte alta da dívida pública, por conta de gastos extraordinários com o combate à pandemia e reflexos do tombo da atividade na arrecadação federal, o processo de corte da taxa Selic diminui os gastos do governo com os juros da dívida pública, impedindo uma alta maior no endividamento.

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