A Romi fabrica máquinas-ferramenta e peças fundidas/usinadas que viram base de produção em diversos setores. Na prática, ela está no seu cotidiano assim:
- 🏭 Tornos e centros de usinagem que fabricam componentes industriais.
- 🚗 Peças fundidas e usinadas que vão para autopeças e bens de capital.
- 🧰 Linha Burkhardt+Weber (B+W) para usinagens de grande porte.
Pense na Romi como um “parque de máquinas” que equipa outras fábricas. Quando os pedidos aumentam e o mix melhora, o mesmo parque gera mais valor.
📊 Receita: o “salário” da empresa
👉 O que é: Receita líquida é o faturamento após impostos e devoluções.
➡️ Quanto deu: R$ 349,3 milhões no 3T25, +31,9% vs. 3T24 e +10,5% vs. 2T25.
🔎 O que puxou: avanço nas unidades B+W e Fundidos e Usinados. A Máquinas Romi caiu levemente (-2,2%) no ano a ano, com locação de máquinas ganhando relevância e sendo reconhecida mês a mês.
📌 Leitura simples: a Romi vendeu mais e diversificou a base com B+W. O aluguel de máquinas traz recorrência que aparece gradualmente nos resultados.
⚙️ EBITDA: a força do motor
👉 O que é: EBITDA é a “força do motor” antes de juros, impostos e depreciação.
➡️ Quanto deu: EBITDA ajustado de R$ 38,0 milhões, +60,8% vs. 3T24, margem 10,9%.
📌 Leitura simples: mais receita + disciplina de despesas = motor operando mais eficiente.
💰 Lucro: o que sobra no fim
👉 O que é: Lucro líquido é o “troco” depois de pagar tudo.
➡️ Quanto deu: R$ 27,4 milhões (ajustado), +103,3% vs. 3T24. O lucro reportado foi R$ 27,356 milhões, +15,3% a/a.
🧭 Complemento útil: o ajuste elimina efeitos não operacionais (ex.: imóveis/AVP), refletindo melhor a operação do trimestre.
🧱 Dívida e alavancagem: o peso que a empresa carrega
👉 O que é: Dívida líquida = dívida total menos caixa e aplicações.
➡️ Quanto deu: posição líquida de caixa negativa de R$ 148,7 milhões em 30/set/25, isto é, dívida líquida de R$ 148,7 milhões. Caixa + aplicações somavam R$ 264,2 milhões; financiamentos totalizavam R$ 412,9 milhões (R$ 181,4 mi em reais e R$ 231,4 mi em moeda estrangeira).
📑 Covenant: contratos pedem Dívida Líquida/EBITDA ≤ 3,75 e a Romi cumpria integralmente essa exigência.
🧩 Segmentos, pedidos e expansão
- Receita por unidade no 3T25:
• Máquinas Romi: R$ 197,8 mi (-2,2% a/a)
• Máquinas B+W: R$ 99,5 mi
• Fundidos e Usinados: R$ 51,9 mi. - Entrada de pedidos: R$ 388,5 mi, +16,7% a/a. Carteira atingiu R$ 895,3 mi, +18,0% a/a.
- Geografia: mercado externo acelerou. Receita externa no 3T25 foi R$ 129,7 mi (+142,4% a/a). No 9M25, o Brasil caiu para 66% do total, abrindo espaço para Europa/EUA/Ásia.
- ESG e capital: criação do Comitê de Sustentabilidade; anúncio de JCP de R$ 16,8 mi em set/25; presença na EMO Hannover reforçando posicionamento tecnológico.
🌦️ O que explica o trimestre
- Volume e mix: B+W e Fundidos ganharam tração e sustentaram crescimento de receita.
- Eficiência: margem EBITDA ajustada subiu para 10,9% com controle de custos.
- Financeiro ainda pesa: resultado financeiro líquido mais negativo que 3T24, mas a geração operacional compensou e o lucro andou.
✨ Conclusão com analogia
A Romi parece uma oficina gigante: quando entram mais ordens de serviço e as máquinas trabalham com mix mais rentável, o motor (EBITDA) ronca forte. O painel do lucro acendeu verde no trimestre, e a fila de serviços (carteira) ficou ainda maior. A dívida líquida existe, mas está sob controle e dentro de covenants, enquanto a estratégia de locação cria uma renda recorrente que ajuda a suavizar o sobe-e-desce do ciclo industrial.
✅ Em resumo
- 🚀 Receita: +31,9%, para R$ 349,3 mi.
- 🔧 EBITDA ajustado: R$ 38,0 mi, +60,8%, margem 10,9%.
- 💵 Lucro: R$ 27,4 mi (aj.), +103,3% a/a; R$ 27,356 mi reportado, +15,3%.
- 🧱 Dívida líquida: R$ 148,7 mi; caixa + aplicações R$ 264,2 mi; financiamentos R$ 412,9 mi.
- 📦 Pedidos/Carteira: R$ 388,5 mi de entrada e R$ 895,3 mi em carteira.
