Talvez você nunca tenha comprado nada diretamente da Plano&Plano, mas se mora em São Paulo ou acompanha o mercado imobiliário, já deve ter visto algum prédio dela. A companhia é uma das maiores incorporadoras do Brasil, focada em empreendimentos residenciais para baixa e média renda. Isso significa que boa parte dos condomínios que abrigam milhares de famílias nas grandes cidades pode ter a assinatura da empresa.
No segundo trimestre de 2025, a Plano&Plano acelerou como nunca: bateu recordes em lançamentos, manteve vendas firmes e entregou lucro sólido, apesar do aumento de custos e do consumo de caixa para financiar o ritmo acelerado de obras.
📊 Receita: mais obras, mais faturamento
👉 Receita líquida é o quanto a empresa fatura de fato, já descontados impostos. É como o “salário bruto” de uma família, mas considerando os descontos obrigatórios.
- 2T25: R$ 783,8 milhões (+12,4% vs. 2T24).
- 1S25: R$ 1,39 bilhão (+16,2% vs. 1S24).
Esse avanço vem do aumento no ritmo das construções e da boa performance dos lançamentos recentes.
🏗️ Lançamentos: expansão recorde
O Valor Geral de Vendas (VGV) é o valor potencial que pode ser obtido ao vender todas as unidades de um empreendimento. Pense nele como “quanto vale a prateleira cheia de apartamentos novos”.
- 2T25: R$ 1,4 bilhão em lançamentos (+31,7% vs. 2T24).
- 1S25: R$ 2,6 bilhões (+68,6% vs. 1S24).
Destaque para o NID Alphaville, em Barueri, com ticket médio próximo de R$ 1 milhão — bem acima da média histórica da companhia.
🏠 Vendas: ritmo constante
As vendas líquidas (contratos assinados menos distratos) também vieram fortes. É como medir quanto realmente ficou vendido, descontando desistências.
- 2T25: R$ 894,3 milhões (+12,2% vs. 2T24).
- 1S25: R$ 1,75 bilhão (+25,8% vs. 1S24).
O ticket médio subiu 22% no trimestre, para R$ 288 mil por unidade, refletindo produtos de maior valor agregado.
⚙️ EBITDA: operação eficiente, mas pressionada
👉 EBITDA é o “motor da operação”: quanto a empresa gera de caixa antes de pagar dívidas, impostos e investimentos.
- 2T25: R$ 142,8 milhões (+6,6% vs. 2T24).
- Margem EBITDA: 18,2% (queda de 1 p.p. vs. 2T24).
Apesar do crescimento, a margem caiu um pouco, mostrando que os custos também subiram.
💰 Lucro: estabilidade com leve recuo
👉 Lucro líquido é o “troco” que sobra depois que todas as contas foram pagas.
- 2T25: R$ 102,8 milhões (-1,0% vs. 2T24).
- 1S25: R$ 183,6 milhões (+19,6% vs. 1S24).
Ou seja, no semestre a empresa entregou mais lucro, mas no trimestre houve leve queda por conta de despesas maiores.
📉 Dívida: baixo endividamento, mas consumo de caixa
👉 Dívida líquida é quanto a empresa deve menos o que tem em caixa. É como comparar financiamento de casa com o dinheiro guardado na poupança.
- Dívida líquida 2T25: R$ 199,2 milhões.
- Relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido: 20,2% (considerada saudável).
A empresa consumiu R$ 42 milhões de caixa operacional, reflexo do forte ritmo de obras.
🌱 Reconhecimentos e ESG
- Premiada no TOP Imobiliário 2025: 1º lugar Construtora, 2º Incorporadora e 3º Vendedora.
- Conquistou o Selo Ouro GHG Protocol, pelo inventário de emissões de gases de efeito estufa.
✨ Conclusão
O Balanço Descomplicado 📊 da Plano&Plano mostra uma empresa em pleno crescimento:
- 🚀 Lançamentos recordes e ticket médio mais alto.
- 🏠 Vendas firmes, sustentando receita.
- ⚙️ EBITDA em alta, mas margens sob pressão.
- 💰 Lucro estável no trimestre e crescimento no semestre.
- 📉 Dívida controlada, mesmo com maior consumo de caixa.
👉 Em resumo: a Plano&Plano segue como uma incorporadora agressiva no ritmo de crescimento, entregando resultados consistentes, ainda que precise manter atenção no caixa para sustentar a expansão.