A junta diretiva do Banco da República da Colômbia, em sua reunião na terça-feira (19), decidiu, por maioria, iniciar um ciclo de flexibilização em sua política monetária. A decisão foi efetivada por meio de uma redução de 25 pontos base na taxa básica de juros local, situando-a em 13% ao ano. Dos membros da diretoria, três votaram a favor do corte, enquanto dois optaram pela manutenção da taxa anterior.

De acordo com o comunicado do Banco Central, a inflação manteve a trajetória descendente que vem sendo observada nos últimos oito meses, registrando 10,15% em novembro. Esse declínio foi impulsionado pelo desempenho positivo dos preços dos produtos alimentares, cuja inflação anual alcançou 8,25%, mais de dois pontos percentuais abaixo do registrado em outubro.

Os preços regulados, por sua vez, continuaram a exercer pressão inflacionária, especialmente devido aos aumentos nos preços dos combustíveis e da energia. As expectativas de inflação na Colômbia para diferentes horizontes de tempo apresentaram um comportamento misto, conforme indicado pelo Banco da República. A mediana das previsões dos analistas consultados elevou sua projeção para o final de 2024, passando de 5,2% em novembro para 5,7% em dezembro. No entanto, as expectativas de inflação a 2 e 5 anos permaneceram estáveis, situando-se em 3,8% e 3%, respectivamente. Vale ressaltar que a meta anual de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3%.

O comunicado também destacou que a atividade econômica continua a desacelerar, com o Índice de Acompanhamento Econômico (ISE) apresentando uma variação anual de -0,4% em outubro. A equipe técnica do Banco Central revisou para baixo sua previsão de crescimento para 2023, reduzindo-a de 1,2% para 1%, retornando à projeção que vigorava até agosto.

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