O pregão desta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, trouxe um retrato de contrastes nos principais mercados da Europa. Enquanto algumas praças conseguiram se apoiar em setores específicos para fechar no positivo, outras sentiram o peso de indicadores econômicos mais fracos e acabaram no vermelho. A volatilidade marcou o dia, mostrando que os investidores seguem atentos tanto ao cenário interno de cada país quanto às pressões globais.

Na Alemanha, o DAX conseguiu encerrar em leve alta, mesmo após a surpresa negativa do índice Ifo de clima de negócios. Já em Espanha, o IBEX 35 mostrou resiliência, impulsionado por energia e tecnologia. A Holanda também registrou avanço tímido, com destaque para Randstad e Prosus, enquanto a Inglaterra se beneficiou da força das mineradoras e empresas de defesa, fechando em alta.

Em contrapartida, a França destoou negativamente. O CAC 40 perdeu fôlego com a contração mais forte da atividade econômica desde abril, trazendo preocupações adicionais para o mercado local. O saldo final do dia na Europa foi de bolsas sem direção única, refletindo a complexa combinação entre dados macroeconômicos divergentes, oscilações cambiais e a influência de setores estratégicos em cada país.

O pregão desta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, na bolsa de Frankfurt foi marcado por um contraste curioso. De um lado, o DAX conseguiu encerrar o dia no positivo, com alta modesta de 0,23%, fechando aos 23.666 pontos. Do outro, os indicadores econômicos internos trouxeram sinais de alerta: o índice Ifo de clima de negócios caiu de 88,9 para 87,7, surpreendendo negativamente o mercado.

O ambiente europeu foi misto, com alguns índices andando de lado e outros recuando, mas o DAX mostrou resiliência puxado principalmente por setores ligados a tecnologia e consumo. Ao mesmo tempo, o setor de energia e empresas industriais mais expostas à desaceleração global ficaram sob pressão.

O investidor alemão viveu, portanto, um pregão de paradoxos. O otimismo com os PMIs, que mostraram o crescimento mais forte em 16 meses no setor de serviços, foi parcialmente ofuscado pelo mau humor do Ifo. No fim, venceu o equilíbrio, e o índice fechou com discreta valorização.


🌍 Contexto global x realidade alemã

No cenário externo, o humor ainda é guiado pelas expectativas em torno das políticas monetárias do BCE e do Fed, ambos em fase de calibrar cortes de juros sem perder de vista a inflação. Já no front doméstico, a Alemanha continua mostrando sinais de fraqueza industrial, mas o setor de serviços dá fôlego. Essa combinação mantém o DAX preso em um “vai e vem”, sem grandes rompimentos de tendência.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do DAX

  1. SAP +2,1%
  2. Adidas +1,9%
  3. Infineon Technologies +1,7%
  4. Siemens Healthineers +1,5%
  5. Deutsche Telekom +1,4%

📉 Maiores quedas do DAX

  1. BASF -2,0%
  2. Volkswagen -1,8%
  3. BMW -1,6%
  4. Deutsche Bank -1,4%
  5. Siemens Energy -1,2%

✨ Conclusão

O DAX encerrou a quarta-feira equilibrando forças: otimismo de curto prazo vindo dos serviços contra a persistente desconfiança em relação à indústria e ao clima de negócios. O resultado foi um avanço tímido, mas que evita uma queda maior em meio a dados mistos. Para o investidor, a mensagem é clara: a bolsa alemã segue caminhando em terreno delicado, sustentada mais por fôlego setorial do que por confiança macroeconômica sólida.

A quarta-feira, 24 de setembro de 2025, foi de leve otimismo no mercado espanhol. O IBEX 35 fechou o pregão em alta de 0,37%, aos 15.195 pontos, impulsionado por ganhos em empresas do setor energético, bancário e de tecnologia. Apesar de um clima europeu ainda marcado por dados mistos na Alemanha e incertezas globais, Madri conseguiu sustentar o terreno positivo.

O protagonismo ficou por conta da Repsol, que acompanhou a valorização do petróleo e ajudou a segurar o índice, e da Indra, que disparou após boas perspectivas em contratos de defesa e tecnologia. O setor financeiro também deu suporte, com o Caixabank entre as maiores altas.

Na outra ponta, empresas ligadas a consumo cíclico e renováveis perderam fôlego. Fluidra e Solaria estiveram entre os destaques negativos, refletindo ajustes de portfólio e a percepção de um cenário menos favorável ao setor no curto prazo.


🌍 Contexto global x realidade espanhola

Enquanto a Alemanha divulgava queda inesperada no índice Ifo de confiança empresarial, a Espanha conseguiu se manter relativamente imune ao pessimismo europeu. O mercado local reagiu mais ao desempenho setorial do que a fatores macro, com destaque para o petróleo em alta e bancos em recuperação. No geral, a leitura foi de resiliência, ainda que sem grandes rompantes de confiança.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do IBEX 35

  1. Indra A +4,65%
  2. Repsol +3,03%
  3. Caixabank +1,48%
  4. Banco Santander +1,42%
  5. Iberdrola +1,25%

📉 Maiores quedas do IBEX 35

  1. Fluidra -1,71%
  2. Solaria Energia y Medio Ambiente -1,59%
  3. ACS -1,47%
  4. Merlin Properties -1,20%
  5. Cellnex Telecom -1,05%

✨ Conclusão

O pregão em Madri mostrou como o IBEX 35 pode encontrar forças em setores específicos mesmo em meio a sinais mistos na Europa. Energia e tecnologia brilharam, enquanto renováveis e construção ficaram para trás. O saldo foi positivo, refletindo uma bolsa que segue encontrando resiliência em papéis estratégicos.

O pregão desta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, não foi dos mais animadores em Paris. O CAC 40 encerrou em queda de 0,57%, aos 7.827 pontos, pressionado por dados que mostraram retração na atividade econômica do país e por um cenário europeu de incertezas. Enquanto a Alemanha ainda tentava digerir a queda no índice Ifo de confiança empresarial, a França sentiu o peso de seus próprios números: o PMI mostrou a contração mais rápida desde abril, reforçando o sentimento de fraqueza da economia local.

A sessão já começou com investidores cautelosos e, ao longo do dia, o índice não encontrou força para virar. Empresas mais ligadas a consumo e indústria foram as mais penalizadas, refletindo preocupações com a desaceleração da demanda. Ainda assim, alguns papéis defensivos conseguiram se destacar positivamente, amenizando as perdas mais fortes.

O resultado final deixou claro que o mercado francês atravessa uma fase de ajuste. Mesmo em um contexto de alta global nos serviços e recuperação em outros países da zona do euro, Paris ficou no vermelho, refletindo uma leitura local mais dura e seletiva.


🌍 Contexto global x realidade francesa

Enquanto a zona do euro como um todo mostrou sinais de recuperação no setor de serviços, a França destoou com uma contração mais acentuada. Esse descompasso reforça a ideia de que a economia francesa ainda luta contra fragilidades estruturais, em especial no setor industrial. O mercado de capitais acabou reagindo a esse diagnóstico, com investidores buscando maior cautela nos papéis mais expostos ao ciclo econômico.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do CAC 40

  1. Sanofi +1,6%
  2. TotalEnergies +1,4%
  3. Orange +1,2%
  4. Veolia Environnement +0,9%
  5. Engie +0,8%

📉 Maiores quedas do CAC 40

  1. LVMH -2,3%
  2. Kering -2,1%
  3. ArcelorMittal -1,9%
  4. Renault -1,7%
  5. BNP Paribas -1,5%

✨ Conclusão

O mercado francês mostrou que ainda está vulnerável a dados internos mais fracos. O PMI trouxe a lembrança de que a economia segue em ritmo de desaceleração, e isso foi rapidamente precificado pelos investidores. Enquanto setores defensivos ofereceram algum amparo, o peso das blue chips ligadas a consumo e indústria arrastou o índice para baixo. Para o investidor, a leitura é clara: o CAC 40 vive dias de maior seletividade, em que cada dado macroeconômico pode mudar o humor do pregão.

A quarta-feira, 24 de setembro de 2025, foi de movimentos contidos na bolsa de Amsterdã. O AEX encerrou o pregão em alta de 0,08%, aos 933,79 pontos, mostrando resiliência em meio ao cenário europeu ainda misto. O índice caminhou praticamente de lado, mas conseguiu manter o sinal positivo graças ao desempenho de algumas empresas de tecnologia e recursos humanos.

O grande destaque ficou por conta da Randstad NV, que subiu mais de 2%, beneficiada por perspectivas otimistas no mercado de trabalho europeu. A Prosus, gigante ligada a participações em tecnologia e plataformas digitais, também ajudou a sustentar o índice. Já a BE Semiconductor Industries (BESI) trouxe ânimo adicional com ganhos acima de 1%.

Na outra ponta, pesos pesados como ASML Holding e Philips pressionaram o índice. O setor de semicondutores enfrentou um dia de realização, enquanto a Philips seguiu refletindo preocupações sobre margens no setor de saúde. A IMCD, especializada em distribuição de produtos químicos, também figurou entre as maiores quedas.


🌍 Contexto global x realidade holandesa

Enquanto a França sentiu o peso da contração econômica e a Alemanha viveu um dia de dados divergentes, a Holanda apresentou um pregão equilibrado. O AEX mostrou que, apesar da dependência de gigantes como ASML, o índice pode encontrar apoio em outros setores quando os líderes fraquejam. O resultado foi modesto, mas indicou solidez em um ambiente europeu desafiador.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do AEX

  1. Randstad NV +2,73%
  2. Prosus NV +1,98%
  3. BE Semiconductor Industries (BESI) +1,30%
  4. Aegon NV +0,95%
  5. Akzo Nobel NV +0,82%

📉 Maiores quedas do AEX

  1. IMCD NV -1,55%
  2. ASML Holding NV -1,44%
  3. Philips NV -1,27%
  4. ArcelorMittal -1,10%
  5. Adyen NV -0,92%

✨ Conclusão

O pregão em Amsterdã mostrou que, mesmo com seus gigantes tecnológicos pressionados, o AEX consegue encontrar equilíbrio em outros setores. A leve alta de 0,08% pode parecer pouco, mas demonstra a resiliência de um índice que navega entre riscos externos e a força de empresas diversificadas. Para o investidor, o recado é de cautela: em dias de poucos catalisadores, cada empresa pode fazer a diferença no fechamento.

O pregão de quarta-feira, 24 de setembro de 2025, foi positivo para a bolsa de Londres. O FTSE 100 fechou em alta de 0,29%, aos 9.250 pontos, sustentado por ganhos em mineradoras e empresas de defesa. Em um dia de clima misto nos principais mercados europeus, Londres conseguiu se destacar, apoiada também pela desvalorização da libra, que favorece companhias exportadoras listadas no índice.

O movimento veio em meio a um noticiário global carregado, com investidores ainda atentos às tensões geopolíticas e às políticas monetárias dos grandes bancos centrais. Setores de commodities e defesa foram os principais beneficiados, enquanto empresas de consumo sofreram com projeções mais fracas e resultados decepcionantes.

O investidor londrino viveu um dia de alívio parcial, mas sem perder a cautela. A oscilação da moeda e o desempenho desigual entre os setores mostraram que o mercado continua em compasso de espera por sinais mais claros da economia britânica.


🌍 Contexto global x realidade britânica

Enquanto Alemanha, França e Espanha tiveram desempenhos contidos ou negativos, o mercado britânico conseguiu fechar no azul. O diferencial veio do setor de mineração, altamente sensível à demanda global, e do setor de defesa, impulsionado pelo aumento de contratos ligados à instabilidade internacional. Porém, a libra enfraquecida trouxe um misto de efeitos: vantagem para exportadoras, mas sinal de pressão macroeconômica doméstica.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do FTSE 100

  1. Rio Tinto +2,4%
  2. BAE Systems +2,1%
  3. Anglo American +1,9%
  4. Glencore +1,6%
  5. BP +1,4%

📉 Maiores quedas do FTSE 100

  1. JD Sports -2,2%
  2. Tesco -1,8%
  3. Whitbread -1,6%
  4. Barclays -1,4%
  5. Next PLC -1,3%

✨ Conclusão

O FTSE 100 mostrou força relativa em meio a um cenário europeu misto, puxado por mineradoras e defesa, mas ainda com sinais de fragilidade no consumo e no setor financeiro. O avanço de 0,29% pode não parecer expressivo, mas reforça que Londres segue encontrando pontos de apoio em setores estratégicos, mesmo com a libra pressionada e a economia doméstica sem clareza de trajetória.

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