A sexta-feira, 19 de setembro de 2025, foi de movimentos contrastantes nas principais bolsas da Ásia. Enquanto alguns índices mostraram resiliência e até renovaram máximas intradiárias, outros recuaram em meio a realizações de lucros e incertezas políticas. O fio condutor foi a postura mais cautelosa dos investidores, atentos tanto às decisões dos bancos centrais quanto às tensões geopolíticas.

Em Tóquio, o Nikkei 225 chegou a romper recordes, mas perdeu força após os anúncios do Banco do Japão, encerrando em baixa. Em Seul, o KOSPI também devolveu parte dos ganhos recentes, refletindo a realização de lucros nas gigantes de tecnologia. Já em Hong Kong e Xangai, o tom foi de espera, com os mercados travados antes da aguardada ligação entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump.

O destaque de volatilidade ficou com o CSI 1000, índice das small caps chinesas, que caiu mais forte, mostrando a sensibilidade dessas empresas em momentos de incerteza. No geral, a sexta-feira asiática reforçou que, apesar do pano de fundo positivo de juros mais baixos no mundo, o investidor ainda prefere a prudência diante de fatores externos que podem mudar rapidamente o rumo do mercado.

O pregão desta sexta-feira em Sydney foi marcado por contrastes. Enquanto o setor de saúde e empresas de tecnologia puxaram o índice para cima, o setor de energia voltou a sofrer com más notícias, limitando os ganhos.

O S&P/ASX 200 encerrou o dia com valorização de 0,32%, alcançando 8.773 pontos. Apesar da alta, foi a terceira semana consecutiva de queda, mostrando que o mercado ainda anda cauteloso em meio ao cenário global de juros e volatilidade no setor de commodities.

O destaque negativo do dia foi o setor de energia, pressionado pela desistência de uma oferta bilionária para a Santos, gigante de petróleo e gás. Já entre os vencedores, brilhou o setor de saúde, que manteve fluxo comprador consistente e ajudou a sustentar o índice em território positivo.


🌍 Contexto global x realidade australiana

No cenário internacional, o apetite por risco foi levemente sustentado após a decisão do Federal Reserve nos EUA, que reforçou expectativa de cortes graduais de juros. Esse movimento impulsionou ações de tecnologia em várias praças globais, efeito que também foi sentido na Austrália.

Por outro lado, o mercado local seguiu atento às incertezas com o setor de energia, principalmente após o colapso da proposta de aquisição de AU$ 36 bilhões da Santos por investidores do Oriente Médio. A notícia reforçou a percepção de que a transição energética e a volatilidade do petróleo continuam sendo pontos de instabilidade para a bolsa australiana.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. CSL Ltd (CSL) +3,2%
  2. Xero Ltd (XRO) +2,9%
  3. WiseTech Global (WTC) +2,7%
  4. ResMed Inc (RMD) +2,4%
  5. Sonic Healthcare (SHL) +2,2%

📉 Maiores quedas do dia

  1. Santos Ltd (STO) -6,1%
  2. Woodside Energy (WDS) -4,5%
  3. Beach Energy (BPT) -3,9%
  4. Origin Energy (ORG) -3,4%
  5. IGO Ltd (IGO) -2,8%

✨ Conclusão

O pregão australiano terminou em leve alta, mas o tom geral segue de cautela. Saúde e tecnologia mostraram força, mas o peso do setor de energia impediu ganhos mais robustos. Para os investidores, a mensagem é clara: enquanto o cenário internacional sinaliza algum alívio com juros, o ambiente doméstico ainda dependerá muito da recuperação da confiança no setor de recursos e energia.

O mercado australiano respira, mas ainda não consegue embalar.

A sexta-feira foi de cautela na bolsa de Xangai. O Shanghai Composite encerrou o pregão em queda de 0,30%, fechando aos 3.820 pontos, em um movimento de realização após dias de ganhos expressivos.

O mercado chinês operou sem grandes direções, com investidores evitando posições de risco antes da aguardada ligação entre os presidentes da China e dos Estados Unidos. O encontro virtual deve tratar de temas sensíveis como tarifas, comércio e o futuro do TikTok, aumentando a incerteza no curto prazo.

Apesar da leve baixa, o índice segue próximo das máximas em dez anos, o que reforça o clima de expectativa. Muitos investidores já avaliam que o mercado pode estar esticado, o que eleva a chance de correções mais fortes nas próximas semanas.


🌍 Contexto global x realidade chinesa

Enquanto os EUA vivem a ressaca após a decisão do Federal Reserve, com investidores digerindo o caminho de cortes de juros, a China encara seus próprios dilemas: equilíbrio entre estímulos domésticos, tensões comerciais com Washington e um mercado acionário que voltou a atrair fluxo estrangeiro.

Esse choque de forças tem deixado o pregão chinês mais instável. Se por um lado setores como tecnologia e consumo mantêm interesse, por outro as incertezas externas e a sombra da valorização excessiva limitam o apetite por risco.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Kweichow Moutai (600519.SS) +2,9%
  2. Ping An Insurance (601318.SS) +2,6%
  3. China Merchants Bank (600036.SS) +2,1%
  4. Industrial Bank (601166.SS) +1,9%
  5. SAIC Motor (600104.SS) +1,7%

📉 Maiores quedas do dia

  1. PetroChina (601857.SS) -3,8%
  2. Sinopec (600028.SS) -3,4%
  3. China Shenhua Energy (601088.SS) -3,1%
  4. China Life Insurance (601628.SS) -2,7%
  5. Aluminum Corp of China (601600.SS) -2,3%

✨ Conclusão

A sexta-feira em Xangai mostrou que o mercado está em compasso de espera. A proximidade das máximas históricas e o peso da política externa travaram o ímpeto comprador. Ainda assim, alguns setores como consumo e financeiro deram sinais de força.

Para os investidores, a mensagem é clara: o futuro imediato da bolsa chinesa dependerá mais das negociações diplomáticas e dos rumos da economia global do que de fundamentos internos. O jogo está aberto e o mercado continua caminhando na corda bamba entre otimismo e prudência.

A sexta-feira foi de queda para o CSI 1000, índice que reúne as small caps chinesas. O pregão terminou com recuo de 0,51%, levando o índice aos 7.438 pontos.

O movimento refletiu um dia de maior aversão ao risco, em que investidores preferiram reduzir exposição antes da aguardada ligação entre os presidentes da China e dos Estados Unidos. O clima de incerteza externa pesou especialmente em empresas menores, mais sensíveis às oscilações de liquidez.

Mesmo em baixa, o índice segue perto de patamares relevantes, acumulando ganhos no mês. Ainda assim, a sessão mostrou que a volatilidade permanece no radar e que os investidores estão mais seletivos na hora de alocar capital.


🌍 Contexto global x realidade chinesa

Lá fora, a semana foi marcada pela decisão do Federal Reserve, que reforçou expectativas de cortes graduais de juros nos EUA. Esse cenário ajudou grandes bolsas, mas na China o foco estava em tensões políticas e comerciais.

As small caps, representadas pelo CSI 1000, tendem a ser mais vulneráveis a períodos de incerteza. Enquanto o Shanghai Composite e o CSI 300 mostraram movimentos mais contidos, o CSI 1000 ampliou perdas, refletindo vendas concentradas em setores de energia e materiais.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Hundsun Technologies (600570.SS) +4,1%
  2. Huadong Medicine (000963.SZ) +3,7%
  3. Tonghua Dongbao (600867.SS) +3,4%
  4. East Money Information (300059.SZ) +3,2%
  5. Wens Foodstuff (300498.SZ) +2,9%

📉 Maiores quedas do dia

  1. China Northern Rare Earth (600111.SS) -5,2%
  2. Yunnan Copper (000878.SZ) -4,8%
  3. Shanxi Coking Coal (000983.SZ) -4,5%
  4. Jiangxi Copper (600362.SS) -4,3%
  5. China Coal Energy (601898.SS) -4,0%

✨ Conclusão

O pregão de sexta reforçou a vulnerabilidade das small caps chinesas em momentos de incerteza. Enquanto setores de tecnologia e consumo ainda sustentam algum interesse, materiais e energia pesaram e mostraram o risco da concentração em setores cíclicos.

Para os investidores, o CSI 1000 é um termômetro da confiança no mercado interno chinês. A queda de hoje mostra que essa confiança ainda oscila bastante, mas também abre espaço para oportunidades seletivas em empresas que seguem entregando resultados consistentes.

O mercado sul-coreano encerrou a semana em tom de correção. Depois de bater recorde histórico na véspera, o KOSPI caiu 0,46%, fechando aos 3.445 pontos nesta sexta-feira, 19 de setembro de 2025.

O pregão foi marcado por vendas em empresas de tecnologia e energia, refletindo a realização de lucros após uma escalada recente. Estrangeiros e instituições foram vendedores líquidos, enquanto investidores individuais aproveitaram para comprar.

Apesar do recuo, o índice permanece em patamar elevado e acumula ganhos sólidos no mês. A queda de hoje foi menos um sinal de pessimismo e mais um ajuste natural após a sequência de máximas.


🌍 Contexto global x realidade sul-coreana

No exterior, os mercados reagiram de forma mista à decisão do Federal Reserve, que reforçou a expectativa de cortes graduais nos juros. Isso sustentou o apetite por risco em Wall Street, mas na Ásia o impacto foi contido.

Na Coreia do Sul, além da influência global, pesou também a fraqueza do won frente ao dólar, que indicou saída de fluxos estrangeiros. A valorização recente do índice abriu espaço para correções, sobretudo em papéis de alta liquidez como Samsung Electronics e LG Energy Solution.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Doosan Enerbility +3,4%
  2. Kakao Corp +2,9%
  3. Naver Corp +2,6%
  4. Hyundai Motor +2,1%
  5. Kia Corp +1,8%

📉 Maiores quedas do dia

  1. Samsung Electronics -3,7%
  2. LG Energy Solution -3,4%
  3. LG Chem -3,1%
  4. SK Hynix -2,8%
  5. POSCO Holdings -2,5%

✨ Conclusão

O pregão desta sexta no KOSPI foi de realização. Depois de uma escalada até recordes históricos, investidores optaram por embolsar lucros, especialmente em gigantes da tecnologia. Ainda assim, setores como internet e indústria automobilística mostraram força e evitaram uma queda maior.

Para a próxima semana, o foco deve permanecer no fluxo estrangeiro e no câmbio. O mercado segue em tendência positiva no longo prazo, mas com espaço para ajustes no curto prazo. A bolsa sul-coreana respira após a maratona de altas, preparando terreno para os próximos movimentos.

O mercado de Hong Kong encerrou a sexta-feira sem grandes emoções. O Hang Seng terminou praticamente estável, em torno dos 26.545 pontos, acumulando leve ganho semanal de 0,6%.

A sessão foi marcada por movimentos pontuais em tecnologia e consumo, enquanto investidores preferiram aguardar a aguardada ligação entre os presidentes da China e dos Estados Unidos. Esse encontro pode redefinir o tom das relações comerciais e, por isso, o mercado optou pela cautela.

Mesmo sem grandes oscilações, a semana foi importante: o índice conseguiu sustentar a recuperação recente, mostrando resiliência apesar das incertezas externas. Ainda assim, a sensação dominante foi de compasso de espera.


🌍 Contexto global x realidade de Hong Kong

No cenário internacional, os olhares seguiram voltados para Washington e Pequim. A expectativa de cortes graduais de juros pelo Federal Reserve deu algum alívio aos mercados globais, mas os investidores em Hong Kong estavam mais atentos ao possível impacto de novas negociações comerciais.

O clima de espera pesou sobre alguns setores, mas abriu espaço para movimentos seletivos. Enquanto gigantes de comércio eletrônico como JD.com avançaram, papéis de tecnologia ligados a games e inteligência artificial, como NetEase e Baidu, perderam fôlego.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. JD.com +3,4%
  2. Anta Sports +2,8%
  3. China Mobile +2,3%
  4. Sunny Optical Technology +2,0%
  5. CK Hutchison +1,9%

📉 Maiores quedas do dia

  1. NetEase -1,5%
  2. Li Auto -1,1%
  3. Baidu -1,0%
  4. Meituan -0,9%
  5. Alibaba Health -0,8%

✨ Conclusão

O pregão desta sexta em Hong Kong mostrou que, às vezes, o silêncio fala mais alto que os números. O índice seguiu praticamente de lado, refletindo a postura de espera diante de decisões políticas que podem mexer profundamente no comércio global.

Entre altos e baixos pontuais, o Hang Seng fecha a semana com saldo positivo, mas sem perder o tom de cautela. Para os próximos dias, os investidores vão olhar menos para os gráficos e mais para os telefonemas entre líderes mundiais.

A sexta-feira em Tóquio foi marcada por um pregão de altos e baixos. O Nikkei 225 chegou a registrar novo recorde intradiário, mas perdeu força após os anúncios do Banco do Japão e encerrou em queda.

O índice fechou aos 45.045 pontos, recuo de 0,56% (−257 pontos), depois de ter tocado os 45.852 pontos mais cedo, embalado pelas ações de semicondutores. O movimento reforça o clima de volatilidade diante das mudanças no tom da política monetária.

O TOPIX, índice mais amplo, também cedeu, terminando em 3.147 pontos, queda de 0,35%. A realização de lucros foi acentuada por uma leitura mais cautelosa dos investidores sobre o rumo do Banco Central japonês.


🌍 Contexto global x realidade japonesa

Enquanto os mercados globais ainda digerem a decisão do Federal Reserve nos EUA, que sinalizou cortes graduais de juros, o destaque na Ásia ficou com o Banco do Japão. A instituição manteve a taxa básica em 0,5%, mas surpreendeu ao indicar que deve vender parte de seus ETFs e fundos imobiliários (REITs), sinalizando um passo na normalização da política.

A inflação de agosto trouxe algum alívio, recuando para 2,7%, mas ainda acima da meta de 2%. O dado reforçou a leitura de que o BOJ tem espaço para ajustes graduais, embora os investidores tenham reagido com cautela à perspectiva de menor liquidez.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Mitsubishi UFJ Financial Group +3,1%
  2. Sumitomo Mitsui Financial Group +2,8%
  3. Tokio Marine Holdings +2,6%
  4. Seven & i Holdings +2,4%
  5. Japan Airlines +2,1%

📉 Maiores quedas do dia

  1. Tokyo Electron -4,2%
  2. Advantest Corp -3,9%
  3. SoftBank Group -3,5%
  4. Nintendo Co -3,0%
  5. Sony Group -2,8%

✨ Conclusão

O pregão desta sexta mostrou o choque entre expectativas e realidade. O entusiasmo inicial com os semicondutores deu lugar à prudência diante do sinal do BOJ de que os tempos de estímulos abundantes estão ficando para trás.

Apesar da queda, o índice segue em patamares históricos e a tendência de médio prazo continua positiva. A mensagem que ficou para os investidores é clara: a política monetária japonesa entrou em nova fase, e o mercado precisará se acostumar a um cenário de menos apoio e mais volatilidade.

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