A segunda-feira (20) foi de alta moderada na Bolsa de Valores de São Paulo. O Ibovespa avançou 0,77%, encerrando o pregão aos 144.509 pontos, embalado pelo otimismo global e pela recuperação das commodities. O movimento acompanhou o bom humor das bolsas internacionais, especialmente após a trégua comercial entre Estados Unidos e China, que renovou o apetite por risco em todo o mundo.

O pregão começou morno, com investidores reagindo à queda do dólar e ao movimento positivo em Wall Street. A melhora nas bolsas americanas deu o tom do dia, impulsionando os papéis de exportadoras e do setor de energia. A expectativa de um cenário externo mais estável e a queda do petróleo no início da sessão ajudaram a aliviar parte da pressão sobre os ativos locais.

Internamente, o clima também contribuiu. O anúncio da Petrobras de redução de 4,9% no preço médio da gasolina nas refinarias, válido a partir de terça-feira (21), trouxe alívio para as expectativas de inflação e melhorou o humor do mercado. A medida foi bem recebida pelos investidores, especialmente por sinalizar moderação de custos no curto prazo. O dólar acompanhou a tendência de tranquilidade e recuou 0,64%, fechando cotado a R$ 5,37, o menor patamar do mês.

O volume financeiro negociado foi de R$ 18,3 bilhões, dentro da média recente. Analistas destacaram que, embora a alta tenha sido tímida, o dia marcou uma consolidação da confiança. Em um contexto de menor aversão ao risco global, o investidor brasileiro voltou a mirar o longo prazo, com destaque para ações ligadas a commodities, varejo e energia.


🌍 Contexto global x realidade brasileira

O Ibovespa surfou a mesma onda positiva que levantou os mercados da Europa, Ásia e Estados Unidos. O alívio das tensões comerciais e a expectativa de cortes de juros em economias desenvolvidas impulsionaram o apetite por emergentes. O Brasil, com juros ainda elevados e fundamentos macroeconômicos sólidos, voltou a ser destino de capital estrangeiro em busca de rentabilidade.

Além disso, a redução nos preços dos combustíveis reforçou a percepção de que a inflação segue sob controle. O cenário político mais calmo, sem novos ruídos relevantes em Brasília, também ajudou a reforçar o sentimento de estabilidade — algo que o mercado vinha esperando nas últimas semanas.

Os analistas destacam que o Ibovespa segue em tendência de recuperação gradual, mas ainda precisa romper resistências técnicas importantes para confirmar o movimento de alta sustentado. Mesmo assim, o dia foi considerado positivo, com o Brasil voltando a acompanhar o ritmo de otimismo internacional.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Petrobras PN (PETR4) +3,2% – valorizada após anunciar corte no preço da gasolina e aliviar temores inflacionários.
  2. Vale ON (VALE3) +2,9% – acompanhou a alta do minério de ferro no exterior e o bom humor global.
  3. Magazine Luiza ON (MGLU3) +2,6% – impulsionada pela expectativa de melhora no consumo interno.
  4. Suzano ON (SUZB3) +2,3% – beneficiada pela valorização do dólar frente ao real nas últimas semanas.
  5. CSN Mineração ON (CMIN3) +2,0% – seguiu o desempenho positivo do setor de commodities metálicas.

📉 Maiores quedas do dia

  1. Cogna ON (COGN3) -3,4% – queda após realização de lucros e revisões de projeções no setor educacional.
  2. Yduqs ON (YDUQ3) -2,7% – acompanhou o movimento de ajuste nas empresas de educação.
  3. Azul PN (AZUL4) -1,9% – pressionada pela volatilidade do petróleo e custos operacionais.
  4. Energisa ON (ENGI3) -1,6% – leve recuo com rotação de carteiras em direção a papéis de maior risco.
  5. Sabesp ON (SBSP3) -1,4% – ajuste técnico após ganhos na semana anterior.

✨ Conclusão

O Ibovespa acompanhou o rali internacional e encerrou o dia em alta, refletindo o retorno da confiança global e o alívio doméstico. A trégua comercial entre as maiores economias do mundo, somada à queda do dólar e à redução no preço dos combustíveis, trouxe ânimo aos investidores brasileiros.

💬 Em resumo: o mercado brasileiro começou a semana em sintonia com o mundo. O Ibovespa subiu, o dólar cedeu e o investidor voltou a respirar — com o olhar atento às próximas decisões do cenário político e à expectativa de que o otimismo global continue soprando a favor do Brasil.

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