A segunda-feira (27) foi de euforia moderada na B3. O Ibovespa subiu 1,23% e fechou aos 147.976 pontos, renovando máximas históricas e acompanhando o bom humor das principais bolsas do mundo. O pregão foi marcado por um clima de otimismo, sustentado por dados domésticos mais equilibrados e pela trégua nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

O avanço refletiu a combinação perfeita entre confiança interna e apetite global por risco. Lá fora, as bolsas americanas renovaram recordes impulsionadas pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve. Aqui dentro, investidores celebraram sinais de desaceleração da inflação, queda nas taxas futuras de juros e revisão positiva nas projeções do PIB.

O pregão foi dominado por ações de commodities e consumo, com Petrobras, Vale e Magazine Luiza entre os destaques. O movimento reforçou a visão de que o mercado brasileiro voltou a atrair fluxos estrangeiros em busca de oportunidades num cenário de estabilidade macroeconômica e câmbio competitivo.


🌍 Contexto global x realidade brasileira

Enquanto o mundo vibrou com o clima de reconciliação entre Washington e Pequim, o Brasil surfou a mesma onda, mas com ingredientes locais que potencializaram o movimento. A curva de juros doméstica recuou com força após o IPCA-15 de outubro vir abaixo do esperado, abrindo espaço para o Banco Central manter o ciclo de cortes na Selic até o primeiro trimestre de 2026.

O mercado também reagiu positivamente à valorização das commodities, especialmente o minério de ferro e o petróleo, que sustentaram o desempenho das gigantes brasileiras. Além disso, a confiança do consumidor atingiu o maior nível em dois anos, reforçando o otimismo com a retomada do consumo interno.

No cenário político, o ambiente mais estável e as sinalizações de compromisso fiscal ajudaram a reduzir a percepção de risco. O resultado foi um dia de fôlego para o investidor brasileiro, que viu o Ibovespa se aproximar dos 148 mil pontos pela primeira vez na história.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

1️⃣ Magazine Luiza (+7,4%) – disparou com alívio nos juros futuros e expectativa de aquecimento do varejo no fim do ano.
2️⃣ Petrobras PN (+5,2%) – acompanhou a alta do petróleo e o otimismo com governança e dividendos.
3️⃣ Vale (+4,7%) – beneficiada pela valorização do minério de ferro e demanda chinesa crescente.
4️⃣ Via (+4,1%) – avançou com melhora nas perspectivas de crédito e consumo.
5️⃣ Azul (+3,8%) – alta impulsionada pela queda do dólar e perspectivas melhores no setor aéreo.


📉 Maiores quedas do dia

1️⃣ Cogna (−3,5%) – queda após realização de lucros e revisão de margens no setor educacional.
2️⃣ MRV (−2,9%) – recuo com expectativa de custos mais altos na construção civil.
3️⃣ Sabesp (−2,3%) – ajuste após sequência de altas e debate sobre o cronograma de privatização.
4️⃣ Pão de Açúcar (−1,8%) – leve correção após rali da semana anterior.
5️⃣ Fleury (−1,4%) – queda moderada com movimento de rotação setorial.


✨ Conclusão

O pregão de 27 de outubro foi um reflexo claro do retorno da confiança ao mercado brasileiro. O Ibovespa não apenas renovou recordes, mas consolidou o país no radar do investidor global como uma alternativa sólida entre emergentes.

A trégua internacional, o ambiente doméstico mais previsível e a perspectiva de juros menores criaram a combinação ideal para um mercado em expansão. Foi um dia que marcou o tom do fim de 2025: um Brasil mais estável, atrativo e pronto para navegar em mares mais tranquilos.

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