A terça-feira, 9 de setembro de 2025, foi de cautela para a bolsa brasileira. O Ibovespa recuou 0,12%, encerrando o pregão aos 141.618 pontos, depois de variar entre a mínima de 141.605 e a máxima de 142.285 pontos. O volume financeiro negociado girou em torno de R$ 18,4 bilhões.

Foi um dia em que o mercado até ensaiou ganhos pela manhã, embalado pela alta do petróleo e pelo avanço das commodities. Mas a atenção dos investidores se voltou rapidamente para Brasília, com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, o que trouxe volatilidade e limitou qualquer movimento de recuperação.

Enquanto isso, o câmbio refletiu o nervosismo político. O dólar subiu 0,35%, fechando a R$ 5,43, reforçando a aversão ao risco em meio à incerteza institucional.

🌍 Contexto global x realidade brasileira

No exterior, o apetite ao risco ganhou força após sinais de que os juros nos Estados Unidos podem cair mais rápido do que o esperado, o que favorece ativos de países emergentes. O minério de ferro também seguiu em alta, sustentando parte das exportadoras brasileiras.

Mas o clima doméstico foi outro. O noticiário político pesou mais forte do que o suporte internacional. Apesar do desempenho positivo de papéis ligados ao agronegócio e à fusão de gigantes de alimentos, o mercado não conseguiu sustentar a trajetória de alta.

🔥 O que movimentou o pregão

📊 Ranking das maiores altas e quedas

⬆️ Maiores altas do dia:

  1. PCAR3 (Pão de Açúcar): +7,75%
  2. MRFG3 (Marfrig): +4,49%
  3. BRFS3 (BRF): +4,12%
  4. RECV3 (PetroRecôncavo): +3,12%
  5. PETR4 (Petrobras PN): +2,98%

⬇️ Maiores quedas do dia:

  1. RAIZ4 (Raízen): –4,44%
  2. BRKM5 (Braskem): –4,16%
  3. CVCB3 (CVC): –3,77%
  4. VIVA3 (Vivara): –3,76%
  5. LREN3 (Lojas Renner): –2,95%

Conclusão

O pregão de 9 de setembro deixou claro que o investidor brasileiro segue dividido entre dois polos: de um lado, o cenário externo favorável, com commodities firmes e expectativa de juros mais baixos nos EUA; do outro, a turbulência política que volta e meia rouba a cena. No fim do dia, venceu a cautela. O Ibovespa até mostrou resiliência ao não perder os 141 mil pontos, mas só voltará a ganhar fôlego quando Brasília deixar de ser o principal fator de risco no radar.

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