Depois de uma sequência de recordes, a Bolsa brasileira fez uma pausa no pregão desta quinta-feira, 18 de setembro de 2025. O Ibovespa recuou 0,06%, encerrando o dia aos 145.499 pontos, em meio a um clima de ajustes após a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 15% ao ano. Apesar da leve queda, o índice segue em patamar histórico elevado, sustentando o otimismo acumulado nas últimas semanas.
O movimento refletiu um mercado dividido: de um lado, investidores ainda animados com a onda de valorização que vinha levando o Ibovespa a bater máximas históricas; de outro, a leitura de que o comunicado do Copom soou mais duro, reduzindo as apostas de cortes de juros no curto prazo. A liquidez foi forte, com volume negociado em torno de R$ 17 bilhões, acima da média das últimas 50 sessões.
Ao mesmo tempo, o cenário externo também teve influência. O corte de juros pelo Federal Reserve trouxe fôlego adicional para bolsas globais, mas aqui o foco ficou mesmo nas decisões internas. O dólar fechou o dia em R$ 5,31, em linha com a cautela que dominou os negócios locais.
🌍 Contexto global x realidade brasileira
Lá fora, o ambiente foi de festa com os três principais índices dos EUA cravando novos recordes. O Nasdaq brilhou, o S&P 500 alcançou novo topo e até o Dow Jones voltou a subir embalado por tecnologia e corte de juros. Mas no Brasil, o tom foi diferente: os investidores preferiram esperar os próximos passos da política monetária local antes de acelerar novas apostas.
A manutenção da Selic em 15% não surpreendeu, mas trouxe sinais de que a autoridade monetária continua preocupada com a trajetória da inflação. Esse cuidado deixou parte do mercado em compasso de espera, dividindo a cena entre setores mais sensíveis ao crédito e companhias exportadoras que surfaram na alta do dólar.
Enquanto isso, as commodities seguiram desempenhando papel importante. O petróleo sustentou ganhos e ajudou ações da Petrobras, mas o minério de ferro mais fraco pesou sobre a Vale, refletindo também na performance geral do índice.
🔥 O que movimentou o pregão
- Copom mantém a Selic em 15%, conforme esperado, mas com tom duro que esfriou apostas de cortes próximos.
- Volume negociado acima da média, mostrando que os investidores seguem atentos.
- Exportadoras se beneficiaram do dólar mais alto, com destaque para o setor de papel e celulose.
- Petrobras teve leve alta, apoiada pelo petróleo em recuperação.
- Vale recuou, acompanhando a queda do minério de ferro no mercado internacional.
📊 Maiores altas e quedas do Ibovespa
🔼 Altas
- Suzano (SUZB3) +3,5%
- Klabin (KLBN11) +3,1%
- Petrobras PN (PETR4) +2,8%
- Energisa (ENGI11) +2,2%
- JBS (JBSS3) +2,0%
🔽 Quedas
- Vale (VALE3) -2,7%
- Revistas Luiza (MGLU3) -2,5%
- Lojas Renner (LREN3) -2,2%
- Ambev (ABEV3) -1,9%
- Hapvida (HAPV3) -1,6%
✨ Conclusão
O pregão de 18 de setembro de 2025 mostrou que o mercado brasileiro também sabe frear quando é preciso. O Ibovespa não desabou, mas preferiu ficar de lado diante das incertezas sobre a trajetória da Selic. O corte de juros nos EUA ajudou a manter o clima positivo no exterior, mas por aqui, a mensagem foi de cautela. Ainda assim, o índice segue firme nos 145 mil pontos, mostrando que a Bolsa continua em terreno de confiança, pronta para acelerar novamente quando o cenário local permitir.
