Muitas empresas já pensavam em como se reinventar nesse novo mundo que está se desenhando, e marcar como Lojas Renner, Marisa e Riachuelo já começam a desenvolver parceiras para fazer essa transformação financeira.
Vale lembrar que recentemente, a Via Varejo (grupo dono de lojas como Casas Bahia e Ponto Frio) realizaram a aquisição de 100% do banQi, o mais novo banco digital no mercado.
Diversas outras lojas buscam autorização junto ao Banco Central do Brasil para atuar também como bancos digitais.
As lojas já começam a ofertar cartões de crédito com a própria marca e co-branded, até venda de seguros e pequenos empréstimos.
Diante desse cenário de pandemia que diversas empresas precisaram se reinventar para não deixar de existir, migrar uma parte da operação para um setor financeiro foi uma das alternativas que essas grandes empresas encontraram.
“E eu acredito que muitas mudanças regulatórias ainda estão por vir. Precisamos nos posicionar e trabalhamos exatamente para isso. Estamos em uma fase de atualização e de alavancagem de todos os produtos atuais. Caminhando para uma atuação de banco digital”, afirma o diretor administrativo, financeiro e de relação com investidores das Lojas Renner, Laurence Gomes.
Quem também comentou sobre o assunto, foi o diretor financeiro da Marisa, Adalberto Santos. Para ele, parte do avanço da área financeira do varejo também se reflete no alcance do setor, que ocupa um espaço que os bancos não conseguiram alcançar.
“Foi para esse público que a prestação de serviços financeiros dentro da loja foi mais relevante. [O varejo] tem uma plataforma mais friendly [amigável] para os consumidores de renda mais baixa e com operações que funcionam de sábado, domingo e durante a noite”, afirma Santos.
“É comum o consumidor ir até uma loja para fazer um saque, por exemplo, ou tomar um empréstimo de pequeno tíquete, e sai com o dinheiro na hora. Também incorporamos produtos de previdência e capitalização. É quase como uma loja de conveniência para o consumidor”, disse Santos.