🔹 Abertura: quem é a empresa e onde ela aparece no dia a dia
A GOL é uma das principais companhias aéreas do Brasil e faz parte do Grupo Abra. Na prática, ela está no seu cotidiano assim:
- Voos domésticos e internacionais conectando cidades e hubs.
- Smiles, programa de fidelidade e resgates.
- GOLLOG, entregas e encomendas pelo modal aéreo.
Pense na GOL como uma ponte aérea gigante: de um lado, demanda de passageiros e cargas; do outro, capacidade e preço. Quando a ponte está cheia e bem precificada, a receita cruza com mais força.
📊 Receita: o “salário” da empresa
👉 O que é: Receita líquida é o que a companhia fatura depois de impostos e descontos.
➡️ Quanto deu: R$ 4.837 milhões no 2T25, +22,9% vs. 2T24. O crescimento veio principalmente de passageiros (R$ 4.318 mi, +24,1%), com RASK +3,0% e PRASK +4,1% sustentando a rentabilidade; Yield +2,3% e tarifa média +6,3%.
O que puxou:
- Transporte de passageiros: R$ 4.318 mi, +24,1%.
- Outras receitas (Smiles, cargas etc.): R$ 519 mi, +13,2%.
- Indicadores de preço/mix: RASK 42,5 c (+3,0%), PRASK 38,0 c (+4,1%), Yield 46,3 c (+2,3%); tarifa média +6,3%.
📌 Leitura simples: Mais oferta e ocupação, com preço melhor e ancillaries, empurraram a receita para cima.
⚙️ EBITDA: a força do motor
👉 O que é: EBITDA é a “força do motor” antes de juros, impostos e depreciação.
➡️ Quanto deu: EBITDA recorrente de R$ 1.134 mi, +67,7%, com margem 23,4% (+6,3 p.p.).
📌 Leitura simples: Capacidade maior com aviões de volta à operação, ocupação de 82,1% e mix de receita reforçaram a tração do motor.
💰 Lucro: o que sobra no fim
👉 O que é: Lucro líquido é o “troco” depois de pagar tudo.
➡️ Quanto deu: Prejuízo IFRS de R$ 1.532 mi no 2T25, melhora de 60,8% vs. 2T24, ainda pressionado por efeitos financeiros e cambiais.
🧭 Complemento útil: Fluxo de caixa operacional somou R$ 1,126 bi no trimestre.
🧱 Dívida e alavancagem: o peso que a empresa carrega
👉 O que é: Alavancagem mostra quantos “anos de EBITDA” seriam necessários para quitar a dívida líquida.
➡️ Quanto deu: Alavancagem 3,7x no fim de junho e liquidez total de R$ 5,4 bi (R$ 3,5 bi em caixa + R$ 1,9 bi em recebíveis).
📌 Leitura simples: A empresa encurtou o peso da dívida após a saída do Chapter 11, mantendo colchão de liquidez.
🌱 Projetos, mix e travas
- Frota e capacidade: +20 aeronaves operacionais vs. 2T24; ASK +19,2%; load factor 82,1% (+1,4 p.p.).
- Cliente: recorde de 8,0 milhões de passageiros no trimestre (+19,9%), com pontualidade líder no Brasil por 6 meses e 1ª da AL em junho.
- Unidades de negócio: GOLLOG com +14,2% no peso transportado e +14,0% na receita.
🌦️ O que explica o trimestre
- Capacidade e demanda: retomada da frota e rotas melhor posicionadas elevaram ASK e ocupação.
- Preço e ancillaries: RASK, PRASK e Yield em alta com mix e serviços auxiliares.
- Custos e câmbio: CASK ex-combustível +6,8% por câmbio, depreciação e manutenção; CASK combustível −10,8%.
✨ Conclusão com analogia
A GOL é como um avião ganhando vento de cauda: receita e EBITDA aceleraram com mais assentos ocupados e preços mais fortes. No painel, porém, a luz do prejuízo ainda acende por câmbio e financeiro. A alavancagem menor e a liquidez reforçada deixam a viagem mais segura enquanto a companhia ajusta custos e segue o plano de longo prazo.
✅ Em resumo
- 🚀 Receita: +22,9% para R$ 4,84 bi.
- 🔧 EBITDA recorrente: R$ 1,13 bi, +67,7%, margem 23,4%.
- ❌ Resultado: prejuízo IFRS de R$ 1,53 bi, melhor 60,8% vs. 2T24.
- 🧱 Alavancagem: 3,7x com liquidez total R$ 5,4 bi.