O pregão europeu desta quinta-feira (9) foi marcado por contrastes. Enquanto a Alemanha celebrou novo recorde histórico com o DAX acima dos 24.600 pontos, outros grandes índices do continente optaram por um ritmo mais contido. França, Espanha, Holanda e Inglaterra registraram leves quedas, refletindo um movimento de realização técnica após dias de ganhos e a ausência de novos motores de crescimento no curto prazo.

Foi um dia de equilíbrio instável. O investidor europeu buscou ajustar posições diante de um cenário ainda misto: sinais de resiliência na economia da zona do euro se contrapuseram a incertezas políticas, oscilações das commodities e uma agenda global mais morna. O resultado foi um mosaico de direções diferentes, com o otimismo da indústria alemã contrastando com a prudência dos setores financeiro e de consumo nos demais países.

No campo setorial, o pregão foi dividido entre vencedores e pressionados. Materiais básicos e energia ainda mostraram força em algumas praças, enquanto bancos, luxo e consumo pesaram sobre os índices de Paris e Londres. O mercado espanhol, por sua vez, oscilou com volatilidade em torno de empresas ligadas a energia e aviação, e Amsterdã manteve-se em tom defensivo, mostrando resiliência mesmo em leve queda.

Apesar das variações pontuais, o sentimento geral permanece de estabilidade. O investidor europeu parece aceitar que o ciclo de juros caminha para o fim e que a economia avança num ritmo lento, mas constante. O dia 9 de outubro de 2025 entrou para o calendário como um retrato típico de um mercado maduro: sem grandes sustos, com ajustes necessários e o olhar já voltado para os próximos dados de inflação e atividade industrial.

O dia foi de fôlego e marca histórica em Frankfurt. O DAX voltou a subir e encerrou o pregão desta quinta-feira (9) com ganho de 0,22%, aos 24.611 pontos, depois de ter tocado a máxima intradiária de 24.771. Um movimento que coroou a confiança no setor corporativo alemão e reforçou o bom humor dos investidores diante da calmaria global momentânea.

Pela manhã, o índice abriu em alta firme, sustentado pelo desempenho de gigantes industriais e pela recuperação das ações de telecomunicações e materiais básicos. Ao longo da tarde, a bolsa chegou a perder força com realização de lucros, mas manteve-se positiva até o fim — reflexo de uma sessão marcada mais por otimismo seletivo do que por euforia.

O noticiário econômico europeu trouxe sinais mistos. Enquanto a produção industrial da zona do euro mostrou leve avanço, investidores ainda acompanham com cautela o cenário de juros e inflação. Na Alemanha, o foco também esteve na estreia da Ottobock, fabricante de próteses e dispositivos médicos, que movimentou o mercado com sua abertura de capital.


🌍 Contexto global x realidade alemã

No cenário internacional, bolsas asiáticas fecharam sem direção única, refletindo cautela com dados de exportação da China. Já os índices americanos operaram estáveis, em compasso de espera por novos sinais sobre a trajetória dos juros do Federal Reserve.

Em meio a esse panorama, o DAX foi exceção positiva na Europa. A força veio da resiliência da economia alemã e do apetite por empresas sólidas e bem posicionadas globalmente. O movimento também teve apoio técnico: muitos investidores voltaram a se posicionar em papéis defensivos, aproveitando a valorização recente do euro frente ao dólar.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Heidelberg Materials +2,88%
  2. Bayer AG +2,84%
  3. Deutsche Telekom AG +1,44%
  4. Siemens AG +1,20%
  5. Infineon Technologies AG +1,05%

📉 Maiores quedas do dia

  1. Zalando SE -3,14%
  2. Hannover Rück SE -2,16%
  3. Merck KGaA -1,58%
  4. Continental AG -1,12%
  5. Porsche AG -0,94%

✨ Conclusão

O pregão de 9 de outubro de 2025 marcou mais um recorde para o DAX e um recado importante do mercado: mesmo diante de um ambiente global moderado, a confiança nas grandes companhias alemãs segue firme.
Frankfurt mostrou que, enquanto outras praças buscam fôlego, o motor industrial europeu ainda acelera com força e disciplina.

A quinta-feira (9) foi de leve correção no mercado espanhol. O IBEX 35 encerrou o pregão em queda de 0,48%, aos 15.584 pontos, depois de um início de sessão volátil. O movimento refletiu a pressão sobre papéis de energia e siderurgia, compensada apenas em parte pela força das empresas de transporte e energia renovável.

Durante o dia, investidores reagiram a dados fracos de produção industrial na zona do euro e à nova queda no preço do petróleo, que afetou diretamente ações de companhias como Repsol e ArcelorMittal. Apesar do humor negativo, o índice manteve-se dentro da faixa de estabilidade recente, mostrando que o apetite por risco segue moderado em Madri.

As bolsas europeias caminharam sem direção única, com a Alemanha batendo recorde histórico e a França e Espanha registrando perdas moderadas. O mercado espanhol, em especial, sentiu a rotação setorial: investidores saíram de setores tradicionais e migraram para apostas em renováveis e transporte, de olho nas perspectivas de crescimento para 2026.


🌍 Contexto global x realidade espanhola

No cenário internacional, os dados americanos de pedidos de auxílio-desemprego vieram dentro do esperado, mantendo viva a esperança de cortes de juros moderados pelo Federal Reserve até o início de 2026. Na Europa, no entanto, a incerteza fiscal da Itália e o desempenho irregular das exportações na Alemanha trouxeram um clima de cautela.

Na Espanha, a leitura do mercado é de que o país segue em posição equilibrada. O turismo ainda sustenta parte do PIB, o setor bancário está mais saudável e as empresas de energia limpa continuam atraindo investidores. Mesmo assim, o IBEX 35 mostrou que ainda há resistência em manter ganhos consistentes, especialmente com o peso de empresas tradicionais no índice.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Solaria Energía y Medio Ambiente +4,30%
  2. Acciona SA +2,98%
  3. IAG – International Airlines Group +2,92%
  4. Naturgy Energy Group SA +1,10%
  5. Endesa SA +0,85%

📉 Maiores quedas do dia

  1. Puig Brands SA -6,42%
  2. ArcelorMittal SA -2,75%
  3. Repsol SA -2,18%
  4. Banco Santander -1,64%
  5. BBVA SA -1,12%

✨ Conclusão

O pregão de 9 de outubro mostrou que o mercado espanhol segue em ritmo de cautela, com o IBEX 35 oscilando entre esperança e prudência. O recuo do dia não apaga o bom desempenho das últimas semanas, mas reforça a necessidade de novos impulsos macroeconômicos para manter o fôlego.

Madri terminou o dia com mais um lembrete aos investidores: mesmo sob o sol ibérico, a sombra da volatilidade global ainda acompanha cada passo do mercado europeu.

O pregão desta quinta-feira (9) foi de leve correção em Paris. O CAC 40 encerrou o dia em queda de 0,23%, aos 8.041 pontos, pressionado por realizações no setor de luxo e pela fraqueza nas montadoras. Apesar da retração, o índice manteve o tom de estabilidade recente, num dia em que investidores europeus buscaram ajustar posições após a forte sequência de altas da semana anterior.

A sessão começou com sinais mistos. O otimismo moderado no início do dia perdeu força após a divulgação de dados econômicos fracos na zona do euro, enquanto o setor de bens de consumo sofreu com revisões de resultados e projeções de demanda mais tímidas para o quarto trimestre. A influência negativa de LVMH, gigante do luxo, foi determinante para a performance do índice, arrastando outras ações do setor como Hermès e Kering.

Mesmo assim, algumas companhias conseguiram se destacar positivamente, sustentadas por perspectivas defensivas e balanços sólidos. Entre elas, Danone foi o grande nome da sessão, impulsionada por revisões de lucro e boas projeções para margens de 2026.


🌍 Contexto global x realidade francesa

No cenário global, o humor dos mercados europeus foi afetado pela leve desaceleração nos dados industriais da Alemanha e pela correção nas commodities. Enquanto o petróleo recuava e penalizava petroleiras e químicas, o gás natural estabilizou em alta, beneficiando empresas de energia como Engie.

Nos Estados Unidos, os índices futuros operavam próximos da estabilidade, com investidores de olho nas falas de dirigentes do Federal Reserve. Na França, o movimento refletiu mais uma acomodação técnica do que uma virada de tendência. Após semanas de ganhos consecutivos, o mercado adotou um comportamento seletivo, favorecendo setores com perfil mais defensivo.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Danone SA +4,75%
  2. Engie SA +1,89%
  3. Bouygues SA +1,85%
  4. Sanofi SA +1,02%
  5. Pernod Ricard SA +0,84%

📉 Maiores quedas do dia

  1. Michelin -3,82%
  2. LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton -2,83%
  3. ArcelorMittal SA -2,78%
  4. Kering SA -2,31%
  5. Stellantis NV -1,94%

✨ Conclusão

O dia 9 de outubro foi de cautela em Paris. O CAC 40 registrou leve baixa, mas manteve o patamar acima dos oito mil pontos, sustentado pela solidez de companhias defensivas. A correção veio como pausa natural após semanas de valorização e reflete a busca do mercado por equilíbrio entre risco e proteção.

Entre os grandes índices europeus, o francês mostrou maturidade: mesmo sob a pressão do setor de luxo, o pregão terminou com tom de estabilidade e uma mensagem clara aos investidores — o ritmo pode diminuir, mas a confiança na economia francesa segue firme.

O mercado holandês teve um dia de leve correção nesta quinta-feira (9). O AEX fechou em queda de 0,23%, aos 958 pontos, acompanhando o tom mais cauteloso das bolsas europeias. O pregão foi marcado por movimentos seletivos: investidores reduziram posições em papéis de metais e bancos, enquanto o setor de consumo e serviços mostrou fôlego.

O dia começou com sinal de estabilidade, mas a falta de novos catalisadores internacionais e a pressão sobre ArcelorMittal e Exor NV acabaram pesando no índice. Ainda assim, empresas ligadas a consumo e tecnologia doméstica, como Heineken e KPN, sustentaram parte do mercado.

O recuo foi visto mais como uma pausa técnica do que como uma virada de tendência. O AEX segue em patamar elevado, próximo das máximas do ano, e reflete a combinação entre crescimento moderado da economia holandesa e a confiança dos investidores estrangeiros em empresas locais sólidas e bem posicionadas no mercado europeu.


🌍 Contexto global x realidade holandesa

Na Europa, os investidores dividiram a atenção entre os balanços corporativos e o comportamento das commodities. A queda dos metais afetou siderúrgicas e mineradoras, enquanto os preços do petróleo permaneceram estáveis. O cenário internacional manteve o clima de prudência, com os mercados avaliando o impacto de possíveis cortes de juros pelo Banco Central Europeu no início de 2026.

Nos Países Baixos, os números recentes de inflação e consumo vieram dentro do esperado, reforçando a percepção de estabilidade econômica. O mercado local, porém, ainda reage a movimentos externos, especialmente ligados à Ásia e aos Estados Unidos, que seguem ditando o ritmo do fluxo de capitais.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Randstad NV +2,25%
  2. Heineken NV +1,40%
  3. KPN NV +1,39%
  4. Ahold Delhaize NV +0,96%
  5. ASML Holding NV +0,74%

📉 Maiores quedas do dia

  1. Exor NV -8,68%
  2. ArcelorMittal SA -2,78%
  3. Universal Music Group NV -1,88%
  4. ING Groep NV -1,35%
  5. Philips NV -1,02%

✨ Conclusão

O pregão de 9 de outubro mostrou que o mercado holandês segue firme, mas sensível ao humor internacional. Mesmo com o recuo do AEX, a performance equilibrada de empresas de consumo e tecnologia reforça a resiliência da economia dos Países Baixos.

Amsterdã terminou o dia em tom de moderação: um lembrete de que, entre cautela e confiança, o investidor europeu prefere ajustar as velas do que abandonar o barco.

O mercado londrino perdeu fôlego nesta quinta-feira (9). O FTSE 100 encerrou o pregão em queda de 0,40%, aos 9.511 pontos, interrompendo a sequência de altas que havia levado o índice a renovar máximas históricas no início da semana. O movimento foi puxado principalmente pelas ações do HSBC, que despencaram após novas provisões ligadas a investigações no setor de financiamento automotivo.

Apesar da queda, o clima em Londres foi mais de ajuste do que de pessimismo. Investidores aproveitaram o momento para realizar lucros em bancos e seguradoras, enquanto mineradoras e companhias de energia seguraram parte das perdas. A volatilidade do dia refletiu a disputa entre a força das commodities e a fraqueza do setor financeiro, que tem grande peso na composição do índice.

A sessão foi marcada também por reações ao alerta do Lloyds Banking Group, que sinalizou potenciais perdas adicionais com o mesmo escândalo envolvendo financiamento de veículos. O episódio trouxe de volta lembranças da crise bancária de 2012 e gerou cautela generalizada no setor.


🌍 Contexto global x realidade britânica

No exterior, as bolsas europeias tiveram desempenho misto. A Alemanha renovou recorde de pontuação, enquanto Espanha e França recuaram levemente. Já o cenário americano trouxe estabilidade, com investidores à espera de novos dados de inflação.

Para o Reino Unido, o movimento do dia foi mais doméstico. O mercado vinha de uma sequência positiva que refletia a melhora nas expectativas de crescimento e uma libra mais fraca, o que favorece exportadoras. O recuo do dia 9 foi, portanto, uma pausa técnica num contexto ainda construtivo.

O FTSE 100 segue em níveis próximos de recordes e com boa perspectiva de sustentação. O realinhamento das carteiras foi natural, especialmente após fortes ganhos recentes de bancos e seguradoras.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

  1. Anglo American PLC +2,10%
  2. Rio Tinto PLC +1,86%
  3. Glencore PLC +1,72%
  4. British American Tobacco PLC +1,33%
  5. BP PLC +1,05%

📉 Maiores quedas do dia

  1. HSBC Holdings PLC -5,80%
  2. Lloyds Banking Group PLC -3,42%
  3. Barclays PLC -2,65%
  4. Prudential PLC -1,92%
  5. Reckitt Benckiser Group PLC -1,35%

✨ Conclusão

O pregão de 9 de outubro foi de ajustes e respiro para Londres. O FTSE 100 devolveu parte dos ganhos da semana, mas sem perder a direção de alta no médio prazo. O tom foi de prudência: investidores reagiram ao barulho do setor financeiro, enquanto as grandes mineradoras mostraram que continuam sendo o porto seguro do mercado britânico.

Mesmo sob nuvens momentâneas, o mercado londrino segue em terreno firme. O recuo do dia foi apenas o lembrete de que, em tempos de euforia, a realização também faz parte da rota.

Shares