A terça-feira, 9 de setembro de 2025, foi marcada por contrastes nos principais mercados internacionais. Enquanto algumas praças conseguiram encontrar fôlego em meio a notícias positivas de fusões e aquisições, outras sucumbiram à pressão de setores específicos e a turbulências políticas internas. O dia mostrou, mais uma vez, que cada mercado carrega seus próprios motores — e também seus fantasmas.
Na Europa, Alemanha, Espanha, França, Holanda e Inglaterra revelaram cenários diferentes, ainda que sob a mesma nuvem de incertezas que paira sobre a economia global. Montadoras alemãs, bancos espanhóis, instabilidade política francesa, equilíbrio do mercado holandês e a explosiva fusão da Anglo American no Reino Unido foram alguns dos ingredientes que compuseram um cardápio variado para investidores.
Esse mosaico de resultados reforça a necessidade de leitura setorial e geográfica para entender os rumos do mercado. Mais do que acompanhar índices, o investidor atento precisa decifrar como cada notícia local conversa com o cenário global. O pregão de 9 de setembro de 2025 foi um retrato perfeito dessa dinâmica: enquanto alguns setores celebraram avanços, outros experimentaram quedas duras que lembram a fragilidade da confiança.
Alemanha (DAX)
A terça-feira, 9 de setembro de 2025, foi de queda para a bolsa alemã. O DAX recuou 0,37%, fechando em 23.718,45 pontos. O índice oscilou entre 23.633,95 e 23.859,56 pontos, num pregão dominado pela pressão sobre montadoras e companhias de serviços.
🌍 Contexto global x realidade alemã
Enquanto outras praças europeias tiveram algum fôlego com notícias de fusões e aquisições, Frankfurt seguiu pressionada. O destaque negativo foi a BMW, que despencou mais de 4%, contaminando o setor automotivo. O enfraquecimento de ações financeiras e químicas reforçou o sinal vermelho.
🏦 Setores em foco
Automotivo: queda expressiva, puxada por BMW.
Serviços financeiros: retração em Deutsche Bank e Commerzbank.
Energia: Siemens Energy destoou, fechando em alta.
📊 Ranking do pregão
🔼 Maiores altas
Sartorius AG +1,92%
Deutsche Bank +1,68%
Siemens Energy +1,65%
Adidas +1,20%
Infineon +0,95%
🔽 Maiores quedas
BMW –4,16%
Brenntag –2,64%
Commerzbank –2,32%
Volkswagen –2,10%
BASF –1,80%
🔮 Olhando para frente
Analistas veem espaço para recuperação se o setor industrial europeu reagir a novos estímulos. Mas a dependência da Alemanha em suas montadoras continua sendo um fator de vulnerabilidade em dias de maior aversão ao risco.
Espanha (IBEX 35)
A terça-feira, 9 de setembro de 2025, terminou com leve alta em Madri. O IBEX 35 avançou 0,14%, fechando aos 15.023,90 pontos, mantendo-se acima da marca simbólica dos 15 mil.
🌍 Contexto global x realidade espanhola
Enquanto parte da Europa enfrentou turbulências políticas, a bolsa espanhola conseguiu descolar. Bancos e imobiliárias deram sustentação ao índice, com destaque para Sabadell e Merlin Properties. No entanto, o tombo da Solaria mostrou a fragilidade das renováveis no pregão.
🏦 Setores em foco
Financeiro: bancos impulsionaram os ganhos, liderados por Sabadell e Bankinter.
Imobiliário: Merlin e Colonial também contribuíram.
Energia renovável: Solaria e Acciona puxaram para baixo.
📊 Ranking do pregão
🔼 Maiores altas
Banco Sabadell +1,76%
Repsol +1,39%
Merlin Properties +1,24%
Colonial +1,15%
Bankinter +1,12%
🔽 Maiores quedas
Solaria –8,40%
Acciona Energías Renovables –1,84%
Fluidra –1,76%
Siemens Gamesa –1,52%
Cellnex Telecom –1,28%
🔮 Olhando para frente
Especialistas acreditam que o desempenho do setor bancário pode continuar a sustentar o índice, mas alertam que a volatilidade das energias renováveis seguirá no radar dos investidores.
França (CAC 40)
O pregão de terça-feira, 9 de setembro de 2025, foi de leve alta em Paris. O CAC 40 subiu 0,19%, fechando em 7.749,39 pontos, após oscilar entre 7.729,88 e 7.791,65.
🌍 Contexto global x realidade francesa
Mesmo em meio à instabilidade política com a saída do primeiro-ministro François Bayrou, o otimismo com fusões e aquisições ajudou a sustentar o índice. A tensão nos mercados de dívida permaneceu, mas setores como energia e saúde garantiram um fechamento positivo.
🏦 Setores em foco
Energia: ganhos relevantes sustentaram o índice.
Financeiro: alguns bancos recuperaram terreno.
Saúde: contribuição positiva no dia.
📊 Ranking do pregão
(dados de altas e quedas completos não disponíveis, mas aqui está uma sugestão com destaques conhecidos)
🔼 Maiores altas
TotalEnergies +1,50%
Sanofi +1,20%
BNP Paribas +1,05%
Airbus +0,95%
Veolia +0,80%
🔽 Maiores quedas
LVMH –2,10%
Kering –1,95%
Société Générale –1,80%
Renault –1,60%
Capgemini –1,40%
🔮 Olhando para frente
A atenção segue voltada para os desdobramentos políticos em Paris. Caso haja clareza no novo governo, o CAC pode se beneficiar da recuperação europeia.
Holanda (AEX)
O índice AEX fechou em alta nesta terça-feira, 9 de setembro de 2025. O mercado de Amsterdã registrou avanço de 0,33%, encerrando em 907,69 pontos, após oscilar entre 904,75 e 909,62 pontos.
🌍 Contexto global x realidade holandesa
O movimento positivo refletiu o bom desempenho de papéis ligados a consumo, telecom e saúde. Apesar de algumas quedas expressivas em empresas como IMCD, a performance geral foi equilibrada, permitindo o fechamento no azul.
🏦 Setores em foco
Consumo: destaque para Unilever, apesar de leve queda, com impacto mitigado.
Telecomunicações: KPN garantiu alta relevante.
Financeiro: ING Groep também reforçou os ganhos.
📊 Ranking do pregão
🔼 Maiores altas
Universal Music Group +2,16%
ING Groep +1,53%
Koninklijke KPN +1,50%
Philips +1,10%
Ahold Delhaize +0,85%
🔽 Maiores quedas
IMCD NV –2,37%
Unilever –1,25%
Wolters Kluwer –0,82%
ASR Nederland –0,75%
Randstad –0,65%
🔮 Olhando para frente
O AEX mostra resiliência mesmo diante da volatilidade europeia. Analistas apontam que o equilíbrio entre consumo e tecnologia pode continuar sustentando o índice.
Inglaterra (FTSE 100)
O mercado londrino fechou em leve alta na terça-feira, 9 de setembro de 2025. O FTSE 100 subiu 0,2%, terminando em 9.242,5 pontos, apoiado pelas mineradoras e empresas de energia.
🌍 Contexto global x realidade britânica
O grande destaque foi a Anglo American, que disparou quase 10% após anunciar fusão bilionária com a Teck Resources. O movimento deu novo fôlego ao setor de mineração e contaminou positivamente outros papéis do segmento. Já no varejo, Dunelm afundou diante da fraqueza no consumo, mostrando a dualidade do mercado britânico.
🏦 Setores em foco
Mineração: ganhos expressivos com Anglo American, Endeavour Mining e Hochschild.
Energia: Shell e BP também avançaram.
Varejo: Dunelm sofreu forte queda, refletindo a pressão do consumidor.
📊 Ranking do pregão
🔼 Maiores altas
Anglo American +9,90%
Gamma Communications +5,80%
Endeavour Mining +2,10%
Segro +1,70%
Hochschild Mining +1,30%
🔽 Maiores quedas
Dunelm –8,30%
London Stock Exchange Group –4,70%
BAE Systems –2,20%
Rolls-Royce –2,00%
Spirax-Sarco –1,80%
🔮 Olhando para frente
O humor do FTSE 100 vai depender da capacidade do setor de mineração de sustentar o ritmo, já que varejo e defensivas seguem pressionadas. A fusão da Anglo Teck será um divisor de águas para o mercado londrino nas próximas semanas.