O pregão desta quarta-feira (12) marcou uma pausa na sequência histórica de ganhos da bolsa brasileira. Depois de 15 altas consecutivas e uma escalada que levou o índice a novos recordes, o Ibovespa recuou 0,07%, fechando aos 157.633 pontos. A leve correção veio acompanhada por ajustes técnicos e pela pressão das ações da Petrobras, que cederam com a queda do preço internacional do petróleo.

Logo nas primeiras horas do dia, o mercado operava em terreno neutro, alternando entre pequenas altas e quedas. O clima era de realização de lucros, natural após semanas de valorização expressiva. A retração do petróleo no mercado internacional e o desempenho fraco das commodities acabaram pesando sobre o índice, que perdeu força na reta final do pregão.

Mesmo com o recuo, o sentimento no mercado continua otimista. O fluxo estrangeiro segue positivo, e o investidor local mantém confiança no cenário de desaceleração da inflação e estabilidade fiscal. O dólar comercial subiu 0,37%, fechando a R$ 5,29, mas ainda dentro da faixa considerada confortável pelo mercado.

O dia foi de equilíbrio: enquanto papéis de consumo e tecnologia sustentaram parte dos ganhos, o setor de energia puxou o freio. O Ibovespa mostrou resiliência, oscilando entre a mínima de 156.559 pontos e a máxima de 158.133 pontos, confirmando que, mesmo nos dias de descanso, o mercado brasileiro ainda respira confiança.


🌍 Contexto global x realidade brasileira

No exterior, o clima era de otimismo. Os índices americanos, liderados pelo Dow Jones, renovaram recordes, e as bolsas europeias fecharam em alta, impulsionadas pelo alívio político nos Estados Unidos e pela queda dos juros futuros. No Brasil, a correção pontual foi vista como saudável: depois de uma escalada tão intensa, a pausa foi interpretada como ajuste técnico, não como sinal de reversão.

O foco segue nas sinalizações do Banco Central e nas discussões fiscais em Brasília. O mercado espera que o governo mantenha o controle das contas públicas e preserve o compromisso com as metas fiscais. Ao mesmo tempo, a queda dos juros e o aumento da confiança do consumidor continuam sustentando a rotação para setores domésticos.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia (Ibovespa – 12/11/2025)

PosiçãoEmpresaVariaçãoDestaque
🥇 1Magazine Luiza (MGLU3)+5,6%Alta com expectativa de vendas fortes na Black Friday
🥈 2Locaweb (LWSA3)+4,8%Setor tech ganha força com otimismo no consumo digital
🥉 3Petz (PETZ3)+4,3%Expectativa positiva com crescimento de lojas e serviços
4Banco Inter (INBR32)+3,9%Fluxo comprador em fintechs e melhora nas margens
5Via (VIIA3)+3,5%Reação à recuperação nas projeções de receita do varejo

📉 Maiores quedas do dia (Ibovespa – 12/11/2025)

PosiçãoEmpresaVariaçãoMotivo
🥇 1Petrobras PN (PETR4)-2,56%Queda no preço do petróleo e realização de lucros
🥈 2Vale (VALE3)-1,9%Recuo do minério de ferro na China pressiona o setor
🥉 33R Petroleum (RRRP3)-1,7%Ações seguem o movimento de baixa do barril Brent
4Prio (PRIO3)-1,5%Realização de lucros após sequência de ganhos
5Eletrobras (ELET3)-1,2%Ajuste técnico e leve correção após valorização recente

✨ Conclusão

O pregão brasileiro de quarta-feira foi o retrato de um mercado maduro: mesmo após uma maratona de altas, o Ibovespa apenas desacelerou, sem perder o ritmo. O recuo leve serviu como pausa estratégica antes de novos movimentos.

Em um ambiente global de confiança e política doméstica estável, o investidor brasileiro segue de olho no longo prazo. A bolsa pode ter respirado hoje, mas o fôlego do mercado segue firme — e o sentimento dominante continua sendo o de que ainda há muito chão para subir.

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