A segunda-feira, 3 de novembro de 2025, foi marcada por uma onda de modesto otimismo nas principais bolsas da Europa. A maioria dos índices encerrou o dia em alta, acompanhando o bom humor vindo da Ásia e o alívio global com a trégua comercial entre Estados Unidos e China. Apesar do clima de cautela diante das decisões de juros do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra, o continente viveu um pregão de consolidação — um passo firme em direção à estabilidade.
O destaque do dia ficou com a Alemanha, onde o DAX avançou 0,82%, sustentado pelo bom desempenho de empresas industriais, tecnológicas e automotivas. Em Madri, o IBEX 35 também fechou no azul, subindo 0,48%, com forte participação de bancos e companhias de energia. Já em Amsterdã, o AEX cresceu 0,37%, impulsionado por ASML e Philips, que surfaram o entusiasmo global com o setor de semicondutores.
Na França, o CAC 40 interrompeu a sequência de altas e recuou 0,21%, em movimento de realização de lucros após alcançar máximas históricas. Em Londres, o FTSE 100 encerrou praticamente estável, com leve alta de 0,1%, enquanto investidores aguardam a nova decisão do Banco da Inglaterra sobre juros. O mercado britânico, mais sensível a indicadores domésticos, preferiu adotar uma postura neutra antes de novas definições monetárias.
Em um cenário de tranquilidade relativa, a Europa mostrou força. O continente parece ter encontrado um ponto de equilíbrio entre o entusiasmo dos investidores e a prudência fiscal. A combinação de inflação controlada, commodities em alta e perspectivas mais otimistas para 2026 formou o pano de fundo ideal para um início de semana sólido. Se a Ásia acendeu o pavio do otimismo, a Europa cuidou de mantê-lo aceso — com disciplina, confiança e um olho atento ao que vem pela frente.
⚙️ Alemanha (DAX)
A segunda-feira, 3 de novembro de 2025, foi positiva para o mercado europeu, com destaque para a Alemanha, que viu o DAX subir 0,82%, encerrando o dia em 24.154 pontos. O índice acompanhou o movimento de alta observado na Ásia e nos Estados Unidos futuros, refletindo um cenário de confiança maior dos investidores diante do avanço da tecnologia, da trégua comercial global e da recuperação gradual da economia europeia.
O dia em Frankfurt começou em ritmo contido, mas a tendência se firmou ao longo da manhã, impulsionada por ganhos em companhias industriais, automotivas e de semicondutores. O alívio veio também do câmbio: o euro voltou a oscilar próximo de 1,07 dólar, favorecendo as exportações e aumentando o otimismo com a balança comercial alemã.
O mercado europeu opera atualmente num fio de esperança. Os dados de inflação mais controlada, somados ao recuo dos rendimentos dos títulos soberanos, indicam que o Banco Central Europeu poderá adotar um tom mais neutro nas próximas reuniões. Esse pano de fundo reforçou a percepção de que o pior da fase de juros altos pode ter ficado para trás.
🌍 Contexto global x realidade alemã
Enquanto as bolsas asiáticas surfavam a onda de otimismo com inteligência artificial e tecnologia, a Europa seguiu o mesmo compasso. O avanço do KOSPI coreano e do Nikkei 225 japonês deu o tom do pregão, e o setor de semicondutores europeu reagiu prontamente. Além disso, o mercado continua precificando a recuperação gradual da indústria alemã, que começa a sentir os efeitos positivos da estabilização energética e da retomada das exportações para a China.
As montadoras também respiraram aliviadas. Com o preço do petróleo em leve alta, mas ainda em patamar administrável, o setor automotivo viu espaço para recuperação após semanas de pressão. O DAX, portanto, encontrou um equilíbrio entre expectativa e realidade, navegando num clima de otimismo cauteloso.
🔥 O que movimentou o pregão
- Empresas de tecnologia e semicondutores lideraram os ganhos, impulsionadas pelo avanço global do setor.
- Companhias automotivas subiram com o euro mais fraco e boas projeções de exportação.
- Indústrias químicas e farmacêuticas tiveram desempenho misto, ainda refletindo custos de energia e demanda global desigual.
- Bancos operaram de lado, à espera de definições do BCE sobre juros.
📊 Maiores altas do dia
1️⃣ Infineon Technologies +3,6% – Embalada pelo otimismo global em chips e pela expectativa de aumento de encomendas internacionais.
2️⃣ Siemens AG +3,2% – Avanço em projetos de automação industrial e robótica.
3️⃣ Volkswagen Group +2,8% – Alta com o euro enfraquecido e projeção de boas vendas no mercado asiático.
4️⃣ SAP SE +2,4% – Beneficiada pela valorização de empresas de software corporativo e IA.
5️⃣ BASF SE +2,0% – Alta técnica após quedas recentes, com melhora nas margens de exportação.
📉 Maiores quedas do dia
1️⃣ Deutsche Bank -1,6% – Realização de lucros após sequência positiva e expectativa de menor rentabilidade com queda de juros.
2️⃣ Fresenius Medical Care -1,3% – Pressionada por custos operacionais e ajustes de previsão de receita.
3️⃣ Merck KGaA -1,1% – Leve correção após desempenho forte em outubro.
4️⃣ Heidelberg Materials -0,9% – Ações recuaram com dados mornos de construção civil.
5️⃣ E.ON SE -0,8% – Setor de energia registrou ajustes após semanas de valorização.
✨ Conclusão
O avanço de 0,82% no DAX simboliza uma segunda-feira de retomada do ânimo europeu. A Alemanha, maior economia do continente, mostra sinais de recuperação gradual, sustentada por tecnologia, exportações e energia mais estável. O investidor volta a olhar para Frankfurt com otimismo, ainda que com prudência.
No ar, a sensação é de que o mercado alemão reencontrou o rumo — e, desta vez, com o motor ligado pela confiança.
🌞 Espanha (IBEX 35)
A segunda-feira, 3 de novembro de 2025, foi de leve alta na bolsa de Madri. O IBEX 35 fechou o pregão em 16.110 pontos, com avanço de 0,48%, em um movimento de consolidação após testar máximas históricas na semana anterior. A sessão foi marcada por ganhos nos setores bancário e energético, que compensaram a realização de lucros em empresas de tecnologia e consumo.
O dia foi de otimismo moderado. A Espanha acompanhou o tom positivo dos principais mercados europeus, especialmente o DAX da Alemanha, que também encerrou em alta. O ambiente global mais tranquilo, com a trégua comercial entre China e Estados Unidos e a valorização das commodities, favoreceu o sentimento do investidor. Ainda assim, o mercado espanhol manteve os pés no chão, consciente de que o foco agora volta-se para os próximos indicadores econômicos da zona do euro, que trarão pistas sobre o ritmo de crescimento e a política do Banco Central Europeu.
O volume negociado ficou abaixo da média, reflexo da postura mais cautelosa dos investidores diante da agenda carregada de resultados corporativos e dos sinais de desaceleração da economia espanhola. Mesmo assim, o desempenho positivo do dia reforça a trajetória de recuperação do índice, que acumula alta superior a 10% no ano.
🌍 Contexto global x realidade espanhola
Enquanto as bolsas da Ásia e da Europa mantiveram o ritmo de valorização, o mercado espanhol seguiu o fluxo internacional de otimismo contido. A melhora das expectativas para o setor de tecnologia e energia no continente ajudou a impulsionar as ações locais, enquanto as incorporadoras e companhias de telecomunicações ficaram para trás.
A leve alta do petróleo e a estabilidade do euro, negociado próximo a 1,07 dólar, trouxeram alívio para as exportadoras e sustentaram os ganhos de companhias como Repsol e Iberdrola. O cenário fiscal mais equilibrado e o controle da inflação dentro da meta reforçam a percepção de que a economia espanhola segue sólida, mesmo em um contexto de crescimento global mais lento.
🔥 O que movimentou o pregão
- Bancos e energia puxaram os ganhos, apoiados por resultados trimestrais acima do esperado.
- Construtoras e telecomunicações corrigiram após semanas de valorização.
- Investidores estrangeiros voltaram a aumentar posições em companhias de grande capitalização, buscando exposição em mercados estáveis da Europa.
- Volume reduzido indicou que parte do mercado preferiu esperar novos dados da inflação europeia.
📊 Maiores altas do dia
1️⃣ Banco Santander +2,4% – Liderou os ganhos com resultados acima do esperado e projeção otimista de lucros para 2026.
2️⃣ Repsol +2,1% – Beneficiada pela alta do petróleo e pelos planos de expansão em energia renovável.
3️⃣ CaixaBank +1,8% – Alta apoiada por melhora nas margens de crédito e aumento no número de clientes digitais.
4️⃣ Iberdrola +1,6% – Ações avançaram com expectativa de novos contratos de energia limpa.
5️⃣ BBVA +1,4% – Seguiu o bom desempenho do setor bancário, impulsionada pelo euro mais estável.
📉 Maiores quedas do dia
1️⃣ Telefónica -1,9% – Corrigiu após forte alta nas últimas semanas e revisão neutra de analistas.
2️⃣ Inditex (Zara) -1,6% – Pressionada por dados de vendas mais fracos em outubro.
3️⃣ Ferrovial -1,3% – Ajuste técnico após ganhos expressivos no mês anterior.
4️⃣ Cellnex Telecom -1,1% – Setor de telecomunicações sofreu leve queda com falta de novidades regulatórias.
5️⃣ Grifols -0,9% – Pequena correção após resultados trimestrais mistos.
✨ Conclusão
O IBEX 35 encerrou a sessão de forma estável, mas confiante. A alta de 0,48% confirma que o mercado espanhol continua resiliente e bem posicionado dentro da Europa, sustentado pela força de seus bancos e pelo desempenho sólido do setor de energia. O investidor segue atento, mas com uma sensação clara de que o caminho permanece aberto para novas máximas.
Em Madri, o sentimento que paira é o de continuidade — sem euforia, mas com firmeza.
🥖 França (CAC 40)
A segunda-feira, 3 de novembro de 2025, marcou um dia de leve ajuste para a bolsa de Paris. O CAC 40 encerrou o pregão em 8.104 pontos, com queda de 0,21%, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas. O movimento refletiu uma realização natural de lucros, após o índice ter renovado máximas históricas na semana anterior.
O tom foi de cautela, não de pessimismo. Enquanto outras praças europeias, como Frankfurt e Madri, seguiram no azul, o mercado francês optou por reduzir posições, especialmente em empresas de luxo e consumo, que haviam sido as grandes responsáveis pelas últimas valorizações. O setor de energia e bancos até tentou sustentar o índice, mas a pressão sobre as exportadoras e o ajuste no câmbio limitaram o fôlego.
O pregão também foi influenciado pelo ambiente internacional. As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada, lideradas por Coreia do Sul e Japão, mas os investidores europeus preferiram adotar um compasso mais defensivo, à espera de novos indicadores de inflação e atividade da zona do euro. Em Paris, a segunda-feira soou como um “respiro técnico” antes de novas definições no cenário global.
🌍 Contexto global x realidade francesa
O ambiente macroeconômico na França segue equilibrado, mas sensível. A inflação continua próxima de 2,5%, dentro da meta do Banco Central Europeu, e a economia mostra sinais de desaceleração controlada. O consumo interno ainda sustenta parte do crescimento, enquanto as exportações enfrentam pressão por conta da valorização recente do euro.
O resultado do dia também reflete uma rotação de setores: investidores migraram de papéis de luxo e tecnologia para indústrias mais defensivas, como energia e telecomunicações. O movimento foi visto como saudável, mantendo o CAC 40 dentro de uma faixa de consolidação acima dos 8 mil pontos.
🔥 O que movimentou o pregão
- O setor de luxo perdeu força, puxando o índice para baixo após semanas de ganhos expressivos.
- Energia e bancos foram os únicos segmentos com desempenho positivo, ajudando a conter a queda.
- Investidores estrangeiros adotaram postura neutra, aguardando novos dados macroeconômicos da Europa e dos Estados Unidos.
- O volume financeiro foi moderado, típico de uma segunda-feira de ajustes e reposicionamentos.
📊 Maiores altas do dia
1️⃣ TotalEnergies SE +1,4% – Beneficiada pela alta do petróleo Brent e pela revisão positiva de analistas.
2️⃣ BNP Paribas +1,1% – Avanço sustentado pelo bom desempenho dos bancos europeus no trimestre.
3️⃣ AXA SA +0,9% – Ganhou força com o aumento da demanda por seguros corporativos e previsão de dividendos estáveis.
4️⃣ Engie SA +0,7% – Ações subiram acompanhando o setor de energia e expectativas de novos contratos públicos.
5️⃣ Societe Generale +0,6% – Pequena alta após divulgação de relatório de rentabilidade acima das projeções.
📉 Maiores quedas do dia
1️⃣ LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton -2,3% – Realização de lucros após forte valorização em outubro.
2️⃣ Hermès International -2,0% – Setor de luxo recuou com expectativa de desaceleração nas vendas na Ásia.
3️⃣ Kering SA -1,7% – Acompanhou o movimento negativo do setor de moda e consumo premium.
4️⃣ Airbus SE -1,3% – Pressionada por revisão de pedidos e preocupações com custos de produção.
5️⃣ Dassault Systèmes -1,0% – Queda leve com ajuste técnico no setor de software e tecnologia.
✨ Conclusão
O recuo de 0,21% do CAC 40 foi mais um freio tático do que um sinal de fraqueza. A bolsa de Paris continua em trajetória sólida, sustentada por fundamentos fortes e pela confiança dos investidores internacionais. Depois de um outubro brilhante, o início de novembro chegou como um lembrete: toda escalada precisa de uma pausa para respirar.
Em Paris, o cenário segue elegante — até quando o mercado resolve desacelerar.
🌷 Holanda (AEX)
A segunda-feira, 3 de novembro de 2025, trouxe um clima de leve otimismo à bolsa de Amsterdã. O AEX Index encerrou o dia com alta de 0,37%, aos 962 pontos, acompanhando o movimento positivo dos principais mercados europeus. O pregão refletiu a recuperação das ações de tecnologia e consumo, além do bom desempenho de companhias exportadoras, beneficiadas por um euro mais estável e pelo avanço das negociações comerciais globais.
Foi um dia sem grandes sustos. O AEX iniciou a sessão com certa hesitação, mas ganhou força ao longo da tarde, impulsionado por papéis de peso como ASML, Philips e Prosus, que reagiram bem ao otimismo com o setor de semicondutores e tecnologia digital. O sentimento dos investidores seguiu alinhado ao da Ásia, onde o Japão e a Coreia do Sul lideraram as altas regionais, criando um ambiente de confiança global.
A leitura geral do mercado europeu foi de continuidade. Com a inflação sob controle e os rendimentos dos títulos públicos recuando, o investidor europeu voltou a se posicionar em ativos de risco, ainda que de forma seletiva. Em Amsterdã, o foco permaneceu em empresas de inovação, energia e consumo, refletindo uma economia que busca equilíbrio entre estabilidade e crescimento sustentável.
🌍 Contexto global x realidade holandesa
O pregão na Holanda se beneficiou do bom humor das praças vizinhas. O DAX alemão subiu 0,82%, o IBEX 35 espanhol avançou 0,48% e o CAC 40 francês teve leve recuo de 0,21%, o que manteve o tom de estabilidade na região. No plano interno, os investidores seguem atentos à desaceleração moderada da economia europeia e ao desempenho do setor logístico e industrial, pilares do PIB holandês.
O euro oscilou pouco, permanecendo na faixa de 1,07 dólar, o que deu fôlego às exportações e sustentou o avanço das multinacionais listadas no AEX. O setor de energia, por outro lado, operou misto, refletindo a leve alta do petróleo e a transição para fontes renováveis, ainda em processo de ajuste.
🔥 O que movimentou o pregão
- Tecnologia e semicondutores puxaram os ganhos, apoiados por relatórios otimistas sobre a demanda global de chips.
- Empresas de consumo se destacaram com projeções de aumento de vendas para o fim do ano.
- Energia e telecomunicações tiveram performance neutra, com investidores mantendo cautela diante da volatilidade do setor.
- Setor financeiro registrou leve realização de lucros, após sequência de semanas positivas.
📊 Maiores altas do dia
1️⃣ ASML Holding NV +2,4% – Alta sustentada por projeções de aumento na produção de máquinas de litografia.
2️⃣ Prosus NV +2,0% – Beneficiada pela valorização das ações de tecnologia na Ásia e pelos ganhos em plataformas digitais.
3️⃣ Philips NV +1,7% – Reagiu positivamente a dados melhores de vendas em equipamentos médicos.
4️⃣ Ahold Delhaize +1,4% – Alta apoiada pelo aumento do consumo interno e estabilidade de custos.
5️⃣ Heineken NV +1,2% – Recuperou parte das perdas recentes, com expectativa positiva para o trimestre.
📉 Maiores quedas do dia
1️⃣ Shell PLC -1,5% – Pressionada pela leve oscilação negativa do petróleo Brent e margens de refino menores.
2️⃣ ING Groep NV -1,2% – Realização de lucros após forte valorização em outubro.
3️⃣ ArcelorMittal SA -1,0% – Impactada por dados fracos de demanda global de aço.
4️⃣ NN Group NV -0,8% – Leve queda no setor de seguros, com investidores ajustando posições defensivas.
5️⃣ Aegon NV -0,6% – Ajuste técnico após alta recente com expectativa de dividendos.
✨ Conclusão
O pregão de Amsterdã foi marcado por estabilidade e confiança. O avanço de 0,37% no AEX mostra que o mercado holandês segue firme em seu papel de termômetro do equilíbrio europeu. Sem euforia, mas também sem medo, os investidores ajustam as velas com atenção ao cenário global e ao potencial de crescimento das gigantes de tecnologia do país.
Em meio à calmaria europeia, o AEX mostrou que às vezes o segredo não é correr, mas manter o ritmo certo.
🎩 Inglaterra (FTSE 100)
A segunda-feira, 3 de novembro de 2025, foi de leve alta na bolsa de Londres. O FTSE 100 subiu 0,1%, encerrando o pregão em 9.730 pontos, em uma sessão marcada pela prudência dos investidores antes da nova decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE). O índice manteve o tom positivo em meio ao otimismo global, mas sem grandes movimentações, já que o foco do mercado está voltado para a reunião que pode definir o rumo dos juros britânicos.
O dia foi de otimismo controlado. Enquanto as bolsas da Europa continental e da Ásia registravam ganhos mais robustos, Londres preferiu manter o compasso lento. Os investidores adotaram uma postura cautelosa, equilibrando boas perspectivas com o temor de que o BoE mantenha o discurso duro contra a inflação. O cenário macroeconômico segue desafiador, com o Reino Unido tentando reaquecer o consumo interno sem reacender as pressões de preços.
Ainda assim, o humor geral foi positivo. As empresas de energia e mineração se destacaram, acompanhando o avanço das commodities no mercado internacional. Já o setor de varejo e construção civil ficou para trás, refletindo o impacto dos juros elevados sobre a renda das famílias e o crédito. O volume de negociação foi moderado, típico de um pregão de transição antes de decisões importantes.
🌍 Contexto global x realidade britânica
Enquanto o continente europeu celebrava uma segunda-feira de otimismo — com altas em Frankfurt, Madri e Amsterdã —, o Reino Unido preferiu andar com cuidado. A estabilidade do FTSE 100 reflete a postura de espera dos investidores locais, que aguardam os próximos passos da política monetária britânica.
O Banco da Inglaterra vem sendo pressionado a sinalizar o início de um ciclo de cortes de juros, após sinais de enfraquecimento da economia. No entanto, a inflação ainda está acima da meta de 2%, o que mantém a autoridade monetária em posição delicada. Nesse cenário, o mercado londrino optou por moderar o entusiasmo, acompanhando a maré internacional sem se lançar a riscos desnecessários.
🔥 O que movimentou o pregão
- O setor de energia sustentou os ganhos, apoiado pela valorização do petróleo Brent.
- Mineração e metais também avançaram, acompanhando o bom humor das commodities globais.
- Bancos e varejistas tiveram desempenho misto, refletindo o ambiente de incerteza econômica.
- Empresas de construção sofreram leve pressão, com projeções mais fracas para o setor imobiliário.
📊 Maiores altas do dia
1️⃣ BP PLC +1,8% – Beneficiada pela alta do petróleo e pelo anúncio de novos projetos no Mar do Norte.
2️⃣ Shell PLC +1,5% – Seguiu o mesmo movimento, com investidores apostando em lucros sólidos no trimestre.
3️⃣ Anglo American PLC +1,2% – Alta sustentada pela recuperação nos preços do cobre e do minério de ferro.
4️⃣ Glencore PLC +1,0% – Acompanhou o avanço das commodities metálicas e expectativa de dividendos robustos.
5️⃣ HSBC Holdings +0,8% – Alta leve após divulgação de relatório com melhora nas margens de crédito.
📉 Maiores quedas do dia
1️⃣ Barratt Developments -2,1% – Setor imobiliário recuou diante da incerteza sobre juros e demanda por novas moradias.
2️⃣ Taylor Wimpey -1,9% – Queda pelo mesmo motivo, com redução nas projeções de vendas residenciais.
3️⃣ Tesco PLC -1,3% – Pressionada por margens mais estreitas e desaceleração nas vendas de supermercados.
4️⃣ Marks & Spencer -1,1% – Realização de lucros após sequência de altas no mês anterior.
5️⃣ Vodafone Group -0,9% – Correção técnica em meio a negociações sobre fusões no setor de telecomunicações.
✨ Conclusão
O leve avanço de 0,1% no FTSE 100 simboliza um pregão de espera e observação. Londres caminha em linha reta enquanto o mundo acelera, aguardando a palavra final do Banco da Inglaterra. O mercado britânico mostra resiliência e foco, consciente de que as próximas decisões podem redefinir o rumo da economia.
Entre a cautela e a confiança, o pregão londrino deu o tom da semana: a estabilidade também pode ser uma vitória.
