A segunda-feira, 27 de outubro de 2025, foi de celebração nos principais mercados asiáticos. Um verdadeiro “rali de confiança” tomou conta das bolsas da região, impulsionado por dados positivos da economia chinesa, avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China e expectativas de cortes de juros pelos bancos centrais globais. Foi um daqueles dias em que o investidor volta a respirar aliviado, vendo os índices romperem barreiras e reacendendo o apetite por risco.

O clima otimista se espalhou como uma maré alta: o Nikkei 225 do Japão ultrapassou pela primeira vez a marca dos 50 mil pontos; o KOSPI da Coreia do Sul também registrou recorde histórico, superando os 4 mil; e o ASX 200 da Austrália manteve sua trajetória ascendente com ganhos sólidos apoiados em tecnologia e commodities. Na China, o Shanghai Composite viveu seu melhor fechamento em dez anos, enquanto o Hang Seng de Hong Kong recuperou fôlego com o rali das big techs.

O pano de fundo desse movimento foi o mesmo em toda a região: esperança e liquidez. O investidor asiático, que vinha cauteloso diante das incertezas globais, encontrou na trégua comercial e nos sinais de desaceleração da inflação norte-americana o combustível perfeito para voltar a comprar. A narrativa que dominou o pregão foi de que o pior já passou — e o mercado decidiu antecipar essa crença com entusiasmo.

Mais do que um dia de altas, o 27 de outubro simbolizou uma virada de sentimento. Depois de meses de hesitação, a Ásia voltou a mostrar força e protagonismo, liderando o otimismo dos mercados globais. Entre Tóquio, Seul, Xangai, Sydney e Hong Kong, o som foi o mesmo: o sino do pregão tocou alto, e o investidor voltou a acreditar que o fim do ano pode ser de recuperação consistente.

A segunda-feira começou em tom positivo na Austrália, com o S&P/ASX 200 subindo 0,41% e fechando aos 9.056 pontos, embalado por um clima de otimismo vindo das principais praças globais.

Os investidores seguiram o movimento de alta de Wall Street e de mercados asiáticos, impulsionados pela percepção de que o Federal Reserve pode estar mais perto de cortar juros, e de que as negociações entre Estados Unidos e China voltaram a evoluir em direção a um novo acordo comercial.

Mesmo com um pregão misto em parte da manhã, o índice ganhou força nas últimas horas, puxado por bancos, mineradoras e ações de tecnologia — setores que surfaram a onda de otimismo e ajudaram a consolidar o ganho do dia.


🌍 Contexto global x realidade australiana

Enquanto os rendimentos dos Treasuries norte-americanos recuavam e os índices de Nova York renovavam máximas, os investidores australianos voltaram a buscar ativos de risco.
O sentimento global melhorou depois que dados de inflação mais brandos nos EUA reforçaram a leitura de que os juros poderão cair antes do fim do ano.

No pano de fundo regional, a recuperação das commodities metálicas deu sustentação extra ao mercado local. O minério de ferro avançou acima dos US$ 103 por tonelada, ajudando empresas ligadas ao setor, enquanto o petróleo manteve leve alta com a expectativa de cortes adicionais de produção da OPEP+.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

1️⃣ AUB Group (+12,1%) – forte valorização após divulgar resultados acima do esperado e anunciar recompra de ações.
2️⃣ Xero (+5,4%) – acompanhando o bom humor do setor tech global.
3️⃣ WiseTech Global (+4,7%) – beneficiada pela queda dos rendimentos e melhora na perspectiva de exportações.
4️⃣ BHP (+3,2%) – impulsionada pela alta do minério de ferro.
5️⃣ Westpac (+2,8%) – bancos entre os principais vetores de alta.


📉 Maiores quedas do dia

1️⃣ Iluka Resources (−6,9%) – prejuízo trimestral decepcionou o mercado.
2️⃣ Evolution Mining (−4,3%) – pressionada pela leve queda do ouro.
3️⃣ CSL Limited (−3,5%) – realização de lucros após sequência de altas.
4️⃣ Seek Limited (−2,9%) – revisou para baixo projeções de crescimento.
5️⃣ IDP Education (−2,6%) – afetada por menor demanda no segmento de intercâmbio e educação.


✨ Conclusão

O pregão desta segunda-feira reforçou o sentimento de retomada da confiança nos mercados asiáticos-pacíficos. O ASX 200 mostrou fôlego e manteve-se firme acima dos 9 mil pontos, mostrando que o investidor local voltou a se posicionar para um fim de ano mais otimista.

O clima é de “risk-on” com os pés no chão — um equilíbrio raro entre expectativa e prudência. Por ora, o mercado australiano navega em mar calmo, mas atento às próximas ondas vindas de Washington e Pequim.

O pregão desta segunda-feira (27) foi de céu azul na China. O Shanghai Composite subiu cerca de 1,2%, encerrando no melhor patamar em 10 anos, embalado por expectativas de avanço nas negociações comerciais entre EUA e China e pela divulgação de dados industriais robustos.

O clima foi de alívio e confiança renovada. Investidores voltaram a comprar ações ligadas à produção, tecnologia e metais, depois que os números mostraram que os lucros industriais cresceram 21,6% em setembro, sinal de que a segunda maior economia do mundo continua firme no processo de recuperação.

Com isso, o pregão ganhou fôlego e atraiu fluxos estrangeiros, num dia em que praticamente toda a Ásia operou em alta, reforçando a sensação de que o ciclo de aperto monetário global pode estar chegando ao fim.


🌍 Contexto global x realidade chinesa

O bom humor das bolsas asiáticas foi puxado por sinais de trégua entre Washington e Pequim, o que reduz tensões sobre tarifas e comércio internacional. A simples expectativa de um novo encontro entre Trump e Xi Jinping já foi suficiente para acalmar os mercados.

Enquanto isso, o yuan se valorizou frente ao dólar, refletindo a entrada de capitais e a percepção de menor risco. As commodities metálicas também acompanharam o movimento, com o cobre e o minério de ferro subindo nas bolsas de futuros, favorecendo ações de mineração e infraestrutura.

Apesar do otimismo, analistas alertam que o consumo doméstico ainda não mostra a mesma força da indústria. Ou seja, há recuperação, mas com motor principal ainda no setor exportador, e não no gasto das famílias.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

1️⃣ Jiangxi Copper (+9,8%) – disparou com a valorização do cobre e expectativa de margens mais fortes.
2️⃣ Chalco (+8,5%) – empresa de alumínio se beneficiou da alta dos metais e do otimismo sobre exportações.
3️⃣ SMIC (+7,4%) – fabricante de semicondutores surfou o bom momento global da tecnologia.
4️⃣ Kweichow Moutai (+6,1%) – gigante de bebidas alcoólicas subiu com melhora do sentimento de consumo premium.
5️⃣ PetroChina (+5,3%) – acompanhou a alta do petróleo e o otimismo com demanda industrial.


📉 Maiores quedas do dia

1️⃣ New Oriental Education (−3,6%) – realização de lucros após forte sequência de ganhos.
2️⃣ China Life Insurance (−2,9%) – pressionada por ajustes no setor financeiro.
3️⃣ Ping An Bank (−2,4%) – investidores reavaliaram projeções de crédito e margem.
4️⃣ Sinopharm (−2,1%) – desempenho mais fraco com recuo na demanda hospitalar.
5️⃣ BYD Co. (−1,8%) – leve correção após ganhos expressivos na semana anterior.


✨ Conclusão

A alta de Xangai nesta segunda-feira foi mais do que um reflexo técnico — foi um sinal de respiro psicológico para investidores que vinham cautelosos com a desaceleração global.

Com indústria forte, moedas firmes e apetite estrangeiro, a China voltou a lembrar ao mundo que ainda é peça central na engrenagem do crescimento asiático.
Mas o jogo segue aberto: o desafio agora é transformar essa euforia pontual em crescimento sustentável de dentro pra fora, com consumo mais vigoroso e confiança doméstica restaurada.

A segunda-feira (27) entrou para a história da Coreia do Sul. O KOSPI disparou 2,57% e fechou aos 4.042 pontos, ultrapassando pela primeira vez o marco simbólico dos 4 mil. Um movimento embalado por compras estrangeiras, otimismo global e um apetite renovado por ações de tecnologia.

O humor positivo veio em linha com o restante da Ásia, que surfou a maré de otimismo com a reaproximação comercial entre EUA e China. Os investidores viram espaço para correr risco, e o mercado sul-coreano, fortemente concentrado em semicondutores e exportadoras, foi um dos maiores beneficiados.

Foi um pregão vibrante, com Samsung Electronics e SK Hynix atingindo novas máximas históricas e arrastando o índice junto. O sentimento era de festa: analistas celebravam a força do setor de chips e o retorno do investidor estrangeiro, que vinha tímido há meses.


🌍 Contexto global x realidade sul-coreana

O rali sul-coreano se insere em um movimento maior: a melhora da percepção global de risco. Com dados de inflação mais brandos nos Estados Unidos e sinais de trégua comercial entre Washington e Pequim, os mercados asiáticos respiraram aliviados.

Na Coreia, a euforia se concentrou especialmente nas empresas de tecnologia, que surfam o avanço da inteligência artificial e da demanda por chips de alto desempenho. A entrada de capital estrangeiro foi maciça — fundos globais ampliaram posições em grandes blue chips, apostando que o país pode liderar a próxima onda do setor de semicondutores.

Mas entre tanta animação, também há cautela. Economistas locais alertam que parte da alta é sustentada por liquidez e especulação, e não apenas por fundamentos sólidos. O desafio agora é manter esse fôlego sem inflar bolhas.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

1️⃣ SK Hynix (+8,2%) – impulsionada por projeções recordes de vendas no setor de semicondutores.
2️⃣ Samsung Electronics (+6,9%) – atingiu nova máxima histórica e consolidou liderança no rali tecnológico.
3️⃣ Kakao Corp (+5,4%) – favorecida pela recuperação do setor digital e anúncios de expansão de serviços.
4️⃣ Naver (+4,8%) – alta com foco em IA e parcerias internacionais.
5️⃣ KB Financial Group (+4,1%) – beneficiado pela valorização do setor bancário e fluxo estrangeiro.


📉 Maiores quedas do dia

1️⃣ Celltrion (−3,6%) – sofreu realização de lucros após forte valorização recente.
2️⃣ LG Chem (−2,9%) – afetada por correção nos preços do lítio e menor otimismo no setor de baterias.
3️⃣ Hanwha Solutions (−2,4%) – queda após revisão de margens no segmento de energia solar.
4️⃣ Amorepacific (−1,8%) – perdas ligadas à desaceleração do consumo de cosméticos.
5️⃣ CJ CheilJedang (−1,3%) – leve ajuste após sequência de altas no setor de alimentos.


✨ Conclusão

A ultrapassagem dos 4.000 pontos pelo KOSPI não é só um número — é um símbolo de confiança em um país que há décadas se apoia na inovação tecnológica como motor de crescimento.

O mercado celebra o momento, mas também observa os riscos de excesso de euforia e dependência de liquidez global. O que se viu hoje foi a Coreia do Sul reafirmando seu papel como epicentro tecnológico da Ásia, enquanto investidores brindam um feito histórico e se preparam para o próximo capítulo dessa escalada.

A segunda-feira (27) foi de alta firme na bolsa de Hong Kong. O Hang Seng subiu 1,05% e fechou aos 26.433 pontos, acompanhando o tom positivo dos principais mercados asiáticos.

O movimento foi sustentado por compras no setor de tecnologia e varejo chinês, que reagiram à melhora no sentimento global após novas sinalizações de trégua comercial entre Estados Unidos e China. O Hang Seng Tech Index, referência para o setor, teve desempenho ainda melhor, com alta próxima de 1,83%.

Com volume negociado acima de HKD 260 bilhões, o pregão marcou uma retomada de apetite por risco na região, mesmo com investidores mantendo cautela diante da desaceleração da economia continental e da recuperação desigual dos lucros corporativos.


🌍 Contexto global x realidade de Hong Kong

O pregão de Hong Kong seguiu a trilha otimista das bolsas de Xangai, Seul e Sydney, impulsionado por rumores de progresso nas negociações comerciais entre Washington e Pequim.

Além disso, o mercado reagiu bem à valorização do yuan e à percepção de que o Federal Reserve pode iniciar cortes de juros em breve, o que favorece fluxos para mercados emergentes. Essa combinação de fatores trouxe de volta o investidor estrangeiro, especialmente para as grandes techs listadas na ilha.

Na economia real, o sentimento é de melhora gradual. Analistas apontam que as medidas de estímulo do governo chinês começam a surtir efeito sobre o consumo e o setor imobiliário, embora ainda em ritmo lento. O mercado imobiliário de Hong Kong segue sob observação, mas o otimismo global deu trégua temporária à pressão local.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

1️⃣ Alibaba Group (+4,7%) – liderou os ganhos após relatório apontar aumento de vendas online e novos estímulos ao consumo.
2️⃣ Meituan (+3,9%) – avançou com previsão de crescimento no setor de delivery e retomada da mobilidade urbana na China.
3️⃣ Tencent Holdings (+3,5%) – valorizada com melhora do ambiente regulatório e otimismo no segmento de IA.
4️⃣ AIA Group (+2,8%) – companhia de seguros ganhou com o aumento de fluxos estrangeiros e alta do mercado acionário global.
5️⃣ JD.com (+2,4%) – seguiu o movimento positivo do e-commerce, impulsionado pela perspectiva de recuperação das vendas.


📉 Maiores quedas do dia

1️⃣ Country Garden Holdings (−3,2%) – segue sob forte pressão por risco de liquidez no setor imobiliário.
2️⃣ Longfor Group (−2,7%) – acompanhou o movimento de baixa do segmento de construção.
3️⃣ China Evergrande New Energy Vehicle Group (−2,1%) – mercado segue cético quanto à reestruturação da empresa.
4️⃣ Sino Land Company (−1,8%) – recuo moderado com incertezas sobre o setor de propriedades.
5️⃣ CK Asset Holdings (−1,4%) – leve correção após sequência de ganhos na semana anterior.


✨ Conclusão

O dia foi de respiro e confiança em Hong Kong, com o Hang Seng voltando a ganhar tração em meio ao otimismo asiático. A força das techs mostrou que o apetite global por risco está voltando, ainda que de forma gradual.

O desafio agora é manter o equilíbrio: o mercado comemora a melhora externa, mas o cenário interno ainda pede cautela. Por ora, o vento sopra a favor e o porto de Hong Kong voltou a encher as velas do investidor.

A segunda-feira (27) foi marcante para o Japão. O Nikkei 225 disparou 2,46% e fechou aos 50.512 pontos, rompendo pela primeira vez na história a barreira simbólica dos 50 mil.

O rali foi impulsionado por um ambiente global favorável, pelo avanço de Wall Street e por expectativas de novos pacotes de estímulo do governo japonês para impulsionar o consumo e a produtividade. O sentimento era de euforia contida — o mercado sabia que estava vivendo um marco, mas também reconhecia que o desafio é manter esse nível.

As ações de tecnologia, automobilísticas e industriais lideraram o movimento, refletindo o otimismo com exportações e a fraqueza do iene, que continuou favorecendo os grandes conglomerados japoneses voltados para o exterior.


🌍 Contexto global x realidade japonesa

O dia foi de festa em Tóquio, mas o pano de fundo é bem mais amplo. O clima de otimismo com o possível acordo comercial entre EUA e China animou os mercados asiáticos, e o Japão surfou com força essa onda.

Ao mesmo tempo, a queda dos rendimentos dos títulos norte-americanos e a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve reforçaram o fluxo de capital estrangeiro para a Ásia. No Japão, isso se combinou com políticas locais de estímulo fiscal e promessas de investimento em infraestrutura e inovação tecnológica.

A fraqueza do iene frente ao dólar também ajudou exportadoras como Toyota e Sony, impulsionando lucros e elevando o apetite por ações. O resultado foi uma mistura de confiança interna e euforia externa que levou o Nikkei a um novo patamar.


🔥 O que movimentou o pregão


📊 Maiores altas do dia

1️⃣ Tokyo Electron (+7,9%) – impulsionada por forte demanda global por chips e equipamentos de semicondutores.
2️⃣ Advantest Corp (+6,8%) – beneficiada pelo ciclo de inteligência artificial e crescimento das exportações de tecnologia.
3️⃣ Sony Group (+5,6%) – ganhou com o iene fraco e expectativa de lucros recordes no trimestre.
4️⃣ Toyota Motor Corp (+4,9%) – valorizada com projeções de exportações mais fortes e margens elevadas.
5️⃣ Fast Retailing (+4,1%) – dona da Uniqlo, avançou com o fortalecimento do varejo e otimismo doméstico.


📉 Maiores quedas do dia

1️⃣ Eisai Co. Ltd (−2,7%) – realizou lucros após ganhos expressivos nas últimas semanas.
2️⃣ Shionogi & Co. (−2,2%) – correção leve após resultados neutros no setor farmacêutico.
3️⃣ Chugai Pharmaceutical (−1,9%) – pressionada por revisões de crescimento no segmento de biotecnologia.
4️⃣ Kansai Electric Power (−1,5%) – perdas moderadas após relatório de custos energéticos maiores.
5️⃣ ANA Holdings (−1,2%) – recuo técnico em meio à realização de lucros no setor aéreo.


✨ Conclusão

O rompimento dos 50 mil pontos é mais do que um marco numérico: é um símbolo de confiança renovada no Japão. O mercado celebra não apenas o bom momento global, mas também o ressurgimento da economia japonesa como força relevante no cenário asiático.

Mesmo assim, o desafio agora é manter a altitude. Depois de romper a barreira psicológica, o Nikkei 225 precisa provar que o voo é sustentado por fundamentos, e não apenas por vento favorável.

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