A sexta-feira, 26 de setembro de 2025, foi marcada por quedas nas principais bolsas da Ásia e Oceania. Depois de uma semana de muita oscilação, o pregão terminou no vermelho para Xangai, Hong Kong, Coreia do Sul e Japão, enquanto apenas a Austrália conseguiu escapar com leve alta.
O clima global foi de aversão ao risco. O anúncio dos EUA de tarifas sobre produtos farmacêuticos, junto com a incerteza sobre os próximos passos do Federal Reserve, gerou instabilidade em toda a região. Setores de saúde, tecnologia e consumo interno sentiram mais forte o impacto.
No saldo final, a “sanfona” dos mercados asiáticos fechou em ritmo mais lento, com investidores preferindo reduzir posições e aguardar sinais de novos estímulos na China e definições da política monetária nos EUA.
🦘 Austrália (S&P/ASX 200)
A sexta-feira foi de leve alívio na bolsa australiana. O S&P/ASX 200 subiu 0,2% e fechou em 8.787 pontos, sustentado pelas mineradoras e pelos grandes bancos, que compensaram a fraqueza do setor de saúde.
O pregão começou pressionado após a notícia de que os EUA aplicariam tarifas de 100% sobre importações farmacêuticas, derrubando ações como CSL. Mas a recuperação no setor de recursos naturais e a firmeza dos bancos deram novo fôlego ao índice.
No saldo, foi um dia em que o mercado local mostrou resiliência, mesmo diante do cenário externo desfavorável e da queda em Wall Street no dia anterior.
🌍 Contexto global x realidade australiana
- Nos EUA, o S&P 500 recuou 0,5%, contaminando o humor inicial dos mercados asiáticos.
- A decisão da Casa Branca de impor tarifas sobre produtos farmacêuticos gerou impacto imediato nas ações de saúde na Austrália.
- A demanda firme por commodities metálicas ajudou mineradoras como BHP e Rio Tinto a puxarem o índice para cima.
- O setor bancário também se manteve sólido, funcionando como contrapeso às perdas em saúde.
🔥 O que movimentou o pregão
- Saúde em queda: CSL despencou com as novas tarifas nos EUA.
- Mineração em alta: o cobre valorizado puxou as gigantes BHP e Rio Tinto.
- Energia acompanhou: ganhos em petróleo e gás reforçaram o índice.
- Bancos firmes: Commonwealth Bank e Westpac ajudaram a sustentar a recuperação.
- Clima externo: a queda em Wall Street limitou o apetite de risco, mas não impediu o fechamento positivo.
📊 Maiores altas do dia
- BHP Group +3,4%
- Rio Tinto +3,1%
- Fortescue Metals +2,8%
- Woodside Energy +2,5%
- Commonwealth Bank of Australia +1,9%
📊 Maiores quedas do dia
- CSL Limited -4,2%
- Cochlear Ltd -3,5%
- ResMed Inc. -3,2%
- Sonic Healthcare -2,8%
- Fisher & Paykel Healthcare -2,4%
✨ Conclusão
O pregão australiano foi como uma gangorra: de um lado, o peso do setor de saúde empurrava para baixo, do outro, as mineradoras e bancos seguraram firme e levantaram o índice.
O resultado final mostra a força que o setor de recursos naturais ainda tem no mercado local. Mesmo diante de notícias externas negativas, a Austrália conseguiu fechar a semana em terreno positivo.
🐉 China (Shanghai)
A sexta-feira foi negativa em Xangai. O Shanghai Composite fechou em 3.828 pontos, queda de 0,65%, encerrando a semana em tom de cautela.
O pregão foi marcado por vendas em bancos e empresas de consumo, que não resistiram às preocupações com a economia doméstica. Nem mesmo os papéis de tecnologia conseguiram segurar o índice.
Foi um dia em que investidores locais mostraram falta de confiança, preferindo reduzir risco e esperar novos sinais de estímulos do governo.
🌍 Contexto global x realidade chinesa
- O clima externo já vinha mais pesado após quedas em Wall Street e Europa.
- Internamente, persistem dúvidas sobre a força da recuperação econômica e o ritmo das reformas.
- A expectativa segue em torno de novos pacotes de estímulo, mas ainda sem anúncios concretos.
- O cenário reforçou a postura defensiva e a saída de fluxo de setores mais cíclicos.
🔥 O que movimentou o pregão
- Bancos em baixa: quedas em ICBC e Bank of China puxaram o índice.
- Consumo pressionado: varejo e bebidas mostraram fraqueza.
- Tecnologia neutra: sem força suficiente para virar o jogo.
- Exportadoras instáveis: dúvidas sobre demanda global afetaram o humor.
- Pregão de cautela: volume menor de negócios reforçou a falta de apetite.
📊 Maiores altas do dia
- Contemporary Amperex Technology (CATL) +2,4%
- Kweichow Moutai (bebidas) +2,1%
- Will Semiconductor +1,9%
- China Merchants Bank +1,6%
- PetroChina +1,4%
📊 Maiores quedas do dia
- Bank of China -3,0%
- Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) -2,8%
- Ping An Insurance -2,5%
- China Life Insurance -2,3%
- China Shenhua Energy -2,0%
✨ Conclusão
O pregão em Xangai foi como um dragão cansado: até tentou levantar voo, mas o peso dos bancos e do consumo interno puxou para baixo.
Com isso, a bolsa chinesa fechou a semana em queda, refletindo um mercado ainda à espera de novos estímulos para voltar a ganhar fôlego.
🧧 China (CSI 1000)
A sexta-feira foi dura para as small caps da China. O CSI 1000 recuou 1,45%, fechando em 7.397 pontos, depois de um pregão de forte pressão vendedora.
Enquanto o Shanghai Composite caiu menos, o índice das empresas menores mostrou maior fragilidade, refletindo o menor apetite por risco dos investidores.
A cautela pesou principalmente sobre bancos regionais, companhias de consumo interno e empresas de energia renovável, que já vinham sofrendo ao longo da semana.
🌍 Contexto global x realidade chinesa
- As bolsas da Ásia abriram sob influência da queda em Wall Street no dia anterior.
- A falta de anúncios concretos de estímulos do governo chinês segue frustrando investidores.
- A aversão ao risco atinge mais forte as small caps, vistas como mais vulneráveis à desaceleração econômica.
- Enquanto isso, setores de tecnologia e saúde tentaram resistir, mas não conseguiram evitar a queda do índice.
🔥 O que movimentou o pregão
- Bancos regionais em baixa: refletindo preocupações com crédito e liquidez.
- Energia renovável pressionada: investidores reduziram exposição em meio a incertezas sobre subsídios.
- Consumo interno fraco: varejo e turismo caíram diante da desaceleração da demanda.
- Tecnologia resistiu: algumas empresas de semicondutores ficaram entre as poucas altas do dia.
- Pregão volátil: o índice chegou a testar 7.516 pontos, mas virou para baixo até a mínima de 7.396.
📊 Maiores altas do dia
- Will Semiconductor +2,3%
- JCET Group +1,9%
- BOE Technology Group +1,7%
- Luxshare Precision +1,5%
- East Money Information +1,2%
📊 Maiores quedas do dia
- Tongwei Co. -4,8%
- LONGi Green Energy -4,5%
- Gree Electric Appliances -4,2%
- China Southern Airlines -3,9%
- Sunac China Holdings -3,6%
✨ Conclusão
O pregão do CSI 1000 foi como uma embarcação pequena em mar revolto: enquanto navios maiores até aguentam a maré, as empresas menores sentiram mais forte o impacto da falta de confiança.
A queda mostra que, sem medidas de estímulo claras, os investidores preferem se afastar das small caps, deixando o índice vulnerável e refletindo a incerteza sobre a recuperação da economia chinesa.
🐯 Coréia do Sul (KOSPI)
A sexta-feira foi de forte queda em Seul. O KOSPI recuou 2,45% e fechou em 3.386 pontos, o menor nível em dez pregões.
O pessimismo tomou conta do mercado diante das incertezas nas negociações comerciais com os EUA e da percepção de que o Federal Reserve pode demorar mais para cortar juros.
Com isso, grandes nomes da tecnologia e da internet puxaram a queda, arrastando junto o restante do índice em um pregão de volume elevado.
🌍 Contexto global x realidade sul-coreana
- Nos EUA, sinais de economia mais forte reduziram as chances de cortes de juros pelo Fed.
- Ao mesmo tempo, negociações tarifárias entre Coreia e EUA levantaram dúvidas sobre acordos de bilhões em investimentos.
- O won se desvalorizou frente ao dólar, pesando sobre empresas dependentes de importações e dívidas externas.
- O clima foi de aversão ao risco em toda a região, mas a Coreia foi um dos mercados mais castigados.
🔥 O que movimentou o pregão
- Tecnologia em baixa: SK Hynix caiu mais de 5%, pressionando o índice.
- Eletrônicos fracos: Samsung Electronics perdeu mais de 3%.
- Internet derreteu: Kakao despencou após críticas a atualização do seu aplicativo.
- Saúde mista: Samsung Biologics caiu, enquanto Celltrion conseguiu se manter no positivo.
- Cautela generalizada: a maior parte das ações fechou no vermelho.
📊 Maiores altas do dia
- Celltrion +0,06%
- LG Uplus +0,04%
- Korea Electric Power Corp (KEPCO) +0,03%
- HMM Co. +0,02%
- KT Corp +0,01%
📊 Maiores quedas do dia
- Kakao Corp -6,17%
- SK Hynix -5,61%
- Samsung Electronics -3,25%
- Samsung Biologics -2,15%
- Hyundai Motor -2,05%
✨ Conclusão
O pregão em Seul foi como uma ponte balançando em dia de vento forte: algumas poucas ações até resistiram, mas o peso da tecnologia e da internet fez a estrutura inteira ceder.
O tombo de 2,45% mostra que o mercado sul-coreano segue extremamente sensível às negociações comerciais e às expectativas sobre os juros globais.
🏮 Hong Kong (Hang Seng)
A sexta-feira foi pesada em Hong Kong. O Hang Seng recuou 1,35% e terminou aos 26.128 pontos, em um pregão que marcou a primeira perda semanal de setembro.
O clima foi de aversão ao risco, com forte pressão sobre empresas de tecnologia e de saúde, que não resistiram ao impacto das novas tarifas dos EUA sobre produtos farmacêuticos.
Nem mesmo o desempenho positivo de algumas empresas ligadas a consumo e energia conseguiu evitar o fechamento negativo.
🌍 Contexto global x realidade de Hong Kong
- A decisão dos EUA de impor tarifas de 100% sobre produtos de saúde e biotecnologia derrubou papéis do setor.
- O Hang Seng Tech Index caiu quase 3%, refletindo a fraqueza das big techs chinesas listadas em Hong Kong.
- As incertezas globais em torno da política monetária do Fed também ampliaram a cautela dos investidores.
- Foi um pregão que reforçou a sensibilidade do mercado local a choques externos.
🔥 O que movimentou o pregão
- Tecnologia em queda: Alibaba e Tencent recuaram, pesando forte no índice.
- Saúde castigada: empresas de biotecnologia sofreram com as novas tarifas dos EUA.
- Consumo misto: algumas varejistas resistiram, mas cassinos voltaram a cair.
- Energia limitou perdas: papéis ligados a petróleo e gás seguraram parte do índice.
- Primeira perda semanal de setembro: acumulado da semana foi de cerca de -1,6%.
📊 Maiores altas do dia
- CNOOC Ltd. +2,2%
- PetroChina +1,9%
- China Resources Power +1,7%
- Haier Smart Home +1,3%
- Mengniu Dairy +1,0%
📊 Maiores quedas do dia
- Alibaba Group -4,5%
- Tencent Holdings -4,2%
- Meituan -3,9%
- WuXi Biologics -3,6%
- Sunny Optical Technology -3,4%
✨ Conclusão
O pregão em Hong Kong foi como uma lanterna que perde brilho em noite nublada: mesmo com alguns pontos de luz em energia e consumo, o peso da tecnologia e da saúde apagou o fôlego do mercado.
O Hang Seng fechou a semana no vermelho, mostrando que as bolsas da região seguem vulneráveis às decisões políticas e comerciais vindas de fora.
🗼 Japão (Nikkei 225)
A sexta-feira foi de correção no Japão. O Nikkei 225 caiu 0,87% e fechou em 45.354 pontos, depois de uma sequência de recordes ao longo da semana.
O fortalecimento do iene frente ao dólar pesou sobre exportadoras, enquanto o clima negativo em outras bolsas asiáticas reforçou a cautela dos investidores.
Apesar da queda, o índice continua em patamar elevado, mostrando que o rali recente ainda sustenta confiança no mercado japonês.
🌍 Contexto global x realidade japonesa
- A valorização do iene reduziu a competitividade de exportadoras como Toyota e Sony.
- O ambiente externo também foi desfavorável, com bolsas da China e da Coreia em queda.
- A decisão dos EUA de impor tarifas sobre produtos farmacêuticos aumentou a aversão ao risco na região.
- Ainda assim, o Japão se mantém entre os mercados mais fortes da Ásia em 2025.
🔥 O que movimentou o pregão
- Exportadoras em baixa: Toyota e Sony caíram com o iene mais forte.
- Tecnologia dividida: alguns papéis de semicondutores recuaram, outros resistiram.
- Bancos estáveis: seguraram parte das perdas, mas sem força para virar o índice.
- Imobiliário neutro: depois de ganhos na semana, perdeu tração.
- Pregão de ajuste: investidores realizaram lucros após os recordes recentes.
📊 Maiores altas do dia
- Mitsubishi UFJ Financial +1,4%
- Takeda Pharmaceutical +1,2%
- KDDI Corp +1,0%
- East Japan Railway +0,9%
- Tokyo Gas +0,7%
📊 Maiores quedas do dia
- Toyota Motor -3,2%
- Sony Group -2,9%
- Fast Retailing -2,7%
- Advantest Corp -2,5%
- Keyence Corp -2,2%
✨ Conclusão
O pregão em Tóquio foi como um taiko que desacelera o ritmo depois de tocar forte: a batida continua firme, mas mais lenta.
O Nikkei perdeu fôlego com o iene valorizado e o ambiente global negativo, mas segue em nível alto, mostrando que a confiança dos investidores ainda dá sustentação ao mercado japonês.
