Confira o fechamento desta quarta-feira, dia 20, as cotações e as principais movimentações nos mercados financeiros globais. Mantenha-se atualizado sobre os acontecimentos que estão impulsionando esses mercados!

B3 e Ibovespa

🟥 Dos 86 papéis que compõem o índice, 67 encerraram o dia em baixa.

Nesta quarta-feira, o Ibovespa terminou o dia em queda. Ao longo do dia, a bolsa brasileira chegou a bater os 132.340,75 pontos, uma máxima histórica, mas o maior humor de Wall Street afetou o fechamento do Ibovespa.

O destaque do dia foi a divulgação do IBC-Br, considerado a prévia do PIB. O indicador recuou 0,06% em novembro, enquanto a mediana das projeções dos especialistas ouvidos pelo Broadcast apontava uma queda de 0,20% no mês.

🇧🇷 Ibovespa (B3, bolsa de valores brasileira) – caiu 0,79%, a 130.804,17 pontos.

📈 Maiores Altas
Casas Bahia (#BHIA3): +8,86% | R$ 10,94
Petz (#PETZ3): +4,52% | R$ 3,93
Carrefour (#CRFB3): +4,17% | R$ 12,50
Marfrig (#MRFG3): +4,13% | R$ 9,59
JBS (#JBSS3): +3,39% | R$ 25,04

📉 Maiores baixas
TOTVS (#TOTS3): -4,03% | R$ 33,06
Magazine Luiza (#MGLU3): -2,78% | R$ 2,10
Vamos (#VAMOS3): -2,27% | R$ 9,50
Hypera (#HYPE3): -2,72% | R$ 35,38
Hapvida (#HAPV3): -2,69% | R$ 4,34

Câmbio

Fechamento do Dólar

Da mesma forma que o Ibovespa vinha sustentando uma valorização nos últimos dias, o dólar vinha perdendo força frente ao real, mas nesta quarta-feira, a moeda norte-americana conseguiu recuperar as perdas e conseguiu se valorizar quase 1% frente ao real.

A cotação da moeda norte-americana à vista apresentou uma oscilação inicialmente negativa pela manhã, em seguimento à tendência observada no dia anterior. Isso ocorreu após a agência de classificação de risco S&P elevar a nota de crédito de longo prazo do Brasil de BB- para BB. No ponto mínimo do dia, registrado às 9h23, o dólar à vista atingiu a marca de 4,8569 reais, representando uma variação de -0,17%.

Entretanto, antes mesmo das 10h, o dólar reverteu sua trajetória, adentrando o território positivo. Alguns investidores optaram por realizar lucros recentes e recompor posições compradas no mercado futuro, indicando uma perspectiva de alta para a moeda norte-americana.

De acordo com profissionais consultados pela Reuters, após quedas mais acentuadas, é comum observar um movimento de recuperação nas cotações. Evandro Caciano, head de câmbio da Trace Finance, comentou que, mesmo com a elevação de 4 centavos no dólar (atingindo 4,9141 reais, +1,01%), essa variação ainda era considerada lateral. Ele destacou que esse movimento estava relacionado a uma realização após os eventos do dia anterior.

Caciano acrescentou que o cenário continuava favorável à desvalorização do dólar em relação ao real, atribuindo isso ao otimismo interno impulsionado pela tríade composta pela reforma tributária, o aumento na nota de crédito pela S&P e o avanço das pautas econômicas. Mesmo com pequenas correções, ele previu uma tendência de fortalecimento do real no curto prazo.

No contexto internacional, o dólar também registrava valorização em relação a moedas fortes e à maioria das divisas de países emergentes e exportadores de commodities. Esse movimento era respaldado, em grande parte, pelos dados de inflação do Reino Unido, onde o índice de preços ao consumidor subiu 3,9% em novembro, indicando o menor nível em mais de dois anos.

O aumento da inflação no Reino Unido gerou expectativas de um possível corte de juros no primeiro semestre de 2024, alinhando-se aos Estados Unidos. Esse cenário fez com que a libra esterlina sofresse uma desvalorização em relação ao dólar.

No final da tarde, às 17h14 (horário de Brasília), o índice do dólar, que avalia o desempenho da moeda norte-americana em comparação a uma cesta de seis moedas, apresentava um acréscimo de 0,28%, atingindo 102,420.

No cenário doméstico, os investidores também acompanhavam de perto as negociações em torno da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. O governo buscava aprovar o projeto no Congresso até o final da semana para evitar começar o próximo ano sob a vigência de uma regra que limitaria os desembolsos dos ministérios até a aprovação do orçamento.

O relator da LOA na Câmara, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), anunciou que seu parecer previa um valor total de 73 bilhões de reais em investimentos públicos em 2024, em comparação com os 58 bilhões de reais na proposta original do governo. No entanto, os recursos destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram reduzidos em quase um terço.

Pela manhã, o Banco Central divulgou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) teve uma queda de 0,06% em outubro em relação a setembro, segundo dados dessazonalizados. Esse resultado ficou abaixo das expectativas dos economistas, que projetavam um avanço de 0,10%. O IBC-Br é considerado um indicador de tendência para o Produto Interno Bruto (PIB).

Além disso, durante a manhã, o Banco Central realizou a venda de todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional oferecidos na rolagem dos vencimentos de fevereiro.

Mercado Financeiro

Mercado Americano

As bolsas de Nova York encerraram em baixa, em um movimento de correção após o recente rally impulsionado pelas perspectivas de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, em 2024. O Dow Jones e o Nasdaq interromperam sequências positivas de nove altas consecutivas.

Ao término do pregão, o Dow Jones apresentou uma queda de 1,27%, fechando a 37.082,00 pontos. O S&P 500 registrou um recuo de 1,47%, encerrando a sessão em 4.698,35 pontos, enquanto o Nasdaq teve uma baixa de 1,50%, atingindo 14.777,94 pontos.

O gatilho para essa correção foi a significativa queda nas ações da FedEx, que recuaram 12% após a divulgação de uma perspectiva de receita abaixo das expectativas para o ano fiscal. Além disso, a empresa reportou resultados financeiros e operacionais do segundo trimestre aquém do esperado pelo mercado. Esses números da FedEx levaram os investidores a questionarem as perspectivas de um suave pouso da economia dos EUA.

O analista da ForexLive, Adam Button, destacou que a FedEx é uma representação significativa do mercado de ações como um todo, e a queda de suas ações pode estar gerando dúvidas entre os investidores que estavam otimistas em relação às bolsas americanas.

Com a queda nas ações da gigante de logística, o sub-índice Transportes do Dow Jones também registrou uma redução de 0,9%. Apesar dessas quedas pontuais, é importante observar que os principais índices das bolsas de Nova York ainda acumulam ganhos expressivos desde o final de outubro.

Desde o fechamento em baixa em 27 de outubro, o Dow Jones apresenta um aumento de 15,9%, enquanto o S&P 500 registra um ganho de 15,8% no mesmo período. O recente rally, que persistiu ao longo de novembro e início de dezembro, ocorreu em meio às expectativas dos investidores por cortes agressivos nas taxas de juros em um ambiente de forte crescimento econômico. No entanto, observa-se que essas expectativas podem estar em desacordo com a necessidade de controlar a inflação, conforme apontado pelo Swissquote em nota, que ressalta que dados econômicos robustos e expectativas de lucros elevados não são totalmente compatíveis com uma postura dovish do Fed (com tendência ao alívio na política fiscal).

Mercado Europeu

O mercado acionário de Londres encerrou o dia em alta superior a 1%, destacando-se dos índices continentais em uma jornada marcada pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Reino Unido. A desaceleração acima das expectativas na leitura de novembro fortaleceu a percepção de possíveis cortes nas taxas pelo Banco da Inglaterra (BoE) em 2024, impulsionando a bolsa, que também contou com o desempenho positivo de empresas do setor de petróleo. Por outro lado, do outro lado do Canal da Mancha, o tom foi mais cauteloso em meio a sinais contidos provenientes de indicadores e comentários de dirigentes, resultando na queda da maioria dos índices.

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia em alta de 0,19%, atingindo 477,94 pontos. A variação anual acumulada de 3,9% no IPC do Reino Unido, a menor em mais de dois anos, contribuiu para a perspectiva de cortes nas taxas, de acordo com Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell. Craig Erlam, analista da Oanda, destacou que, embora seja esperado que a desinflação desacelere, há agora evidências consideráveis de que está ocorrendo em maior escala do que inicialmente previsto, sendo isso refletido nos mercados durante o dia.

O ING informou que o mercado passou a projetar 140 pontos-base em cortes de juros em 2024, a partir de maio, mas considera essa precificação exagerada. A instituição sugere que o BoE provavelmente adotará uma abordagem mais cautelosa, com cortes de 100 pontos-base a partir de agosto.

No cenário setorial, as empresas de petróleo acompanharam a alta das commodities no mercado internacional. Em Londres, BP (+0,82%) e Royal Dutch Shell (+1,55%) contribuíram para o avanço de 1,02% no FTSE 100, que fechou a 7.715,68 pontos.

No continente, indicadores como o índice de confiança do consumidor e a inflação ao produtor (PPI) da Alemanha continuaram apontando fragilidade. Apesar de confirmar que os juros estão provavelmente no auge na Europa, Joachim Nagel, membro do Banco Central Europeu (BCE), alertou os investidores para possíveis excessos nas especulações sobre cortes de juros.

Em Frankfurt, o DAX teve uma leve queda de 0,07%, encerrando a 16.733,05 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 0,01%, atingindo 30.361,21 pontos, enquanto em Lisboa, o PSI 20 teve uma baixa de 0,32%, fechando a 6.344,54 pontos.

Em Madri, as ações da Telefónica registraram alta de 3,20%, após o governo da Espanha anunciar a aquisição de 10% de participação na empresa por meio da Sociedade Estatal de Participações Industriais (Sepi). Entretanto, o Ibex 35 recuou 0,05%, fechando a 10.101,00 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,12%, atingindo 7.583,43 pontos.

Mercado Asiático

Os mercados asiáticos encerraram o pregão desta quarta-feira, 20, sem uma direção única, à medida que os investidores equilibraram o otimismo relacionado ao relaxamento monetário no Ocidente com a incerteza persistente no cenário macroeconômico da China.

Em Tóquio, o índice Nikkei registrou um ganho de 1,37%, fechando a 33.675,94 pontos. A atenção ainda se concentra na decisão do Banco do Japão (BoJ) anunciada na terça-feira, quando o presidente da instituição, Kazuo Ueda, reiterou o compromisso de manter uma postura paciente na determinação dos próximos passos da política monetária.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi, em Seul, apresentou um avanço de 1,78%, atingindo 2.614,30 pontos. Em Taiwan, o Taiex subiu 0,33%, fechando a 17.635,20 pontos, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng valorizou-se em 0,66%, alcançando 16.613,81 pontos.

Esses ganhos seguem a tendência de alta observada nos últimos dias em Wall Street, onde o índice Dow Jones renovou máximas históricas sucessivas e o S&P 500 se aproximou do recorde. O movimento reflete a crescente expectativa de que o Federal Reserve (Fed) adote cortes agressivos nas taxas a partir de março, apesar dos esforços dos dirigentes da instituição para moderar essas expectativas.

No entanto, nos mercados chineses, a referência principal em Xangai registrou uma baixa de 1,03%, fechando a 2.902,11 pontos, enquanto em Shenzhen, o índice menos abrangente recuou 1,23%, atingindo 1.785,34 pontos. O Banco do Povo da China (PBoC) manteve suas principais taxas de juros inalteradas pelo quarto mês consecutivo. Analistas da HSBC Global Research apontam que a segunda maior economia do mundo necessita de estímulos adicionais para impulsionar os investimentos privados.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, em Sydney, apresentou um avanço de 0,65%, alcançando 7.537,9 pontos, aproximando-se de seu recorde histórico. *Com informações da Dow Jones Newswires.

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