Nesta quinta-feira, o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) elaborada pela Federação Brasileira de Bancos, com apoio técnico do Banco Central, foi divulgado e aponta que a saúde financeira dos brasileiros estabilizou neste ano, na comparação com o ano passado, porém, as de grande parte da população, continuam sob grande pressão.
No ano passado, a média geral havia ficado em 56% e neste ano, ficou em 56,2%. Isso significa uma pequena melhora entre os dois períodos.
A pesquisa aponta que a população que possui entre 50 e 56 anos mostra os primeiros sinais de desequilíbrio e risco de entrada em um patamar considerado de alto estresse financeiro.
A parcela que corresponde as pessoas que estão totalmente ou muito apertados financeiramente corresponde a 23,3%. Já 26,6% dizem estar mais ou menos apertados e 50,1% estão pouco ou nada apertados.
“A nova pesquisa demonstra que o índice geral da saúde financeira do brasileiro está se estabilizando, mas o orçamento do consumidor segue apertado. Esse cenário destaca a importância das ações de educação financeira, de modo que o consumidor possa retomar o controle dos seus gastos e se afastar do ciclo de estresse e desorganização financeira”, explica Amaury Oliva, diretor-executivo de cidadania financeira, autorregulação e relações com o consumidor da Febraban.
O estudo aponta que:
- a faixa de pessoas que disse estar ‘totalmente’ ou ‘muito’ apertadas passou de 23,1% em 2022 para 23,3% em 2023;
- a dificuldade em equilibrar o orçamento também permanece em 2023 e o orçamento continua curto, com 26% das pessoas entrevistadas afirmando que os gastos são ‘menores’ ou ‘muito menores’ do que os ganhos; e
- para 42,6% dos entrevistados, ‘nunca’ ou ‘raramente’ sobra dinheiro no fim do mês.
Conduzida no período de junho a setembro, a pesquisa englobou uma amostra de 4.769 participantes com idade superior a 18 anos, provenientes de todas as cinco regiões do Brasil. O Índice de Saúde Financeira do Brasil (I-SFB) avalia a condição financeira da população numa escala de 0 a 100 pontos e, com base na pontuação obtida, classifica os indivíduos em uma das sete faixas (ou níveis) que compõem o indicador.