Nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a inflação oficial de novembro e ficou em 0,28%, uma aceleração em relação ao mês anterior, quando outubro fechou em 0,24%. A alta nos preços dos alimentos foi o que mais impactou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de 12 meses, o índice já acumula 4,68%, mas em 2023, a inflação acumulada é de 4,04%.
Veja o resultado dos grupos do IPCA:
- Alimentação e bebidas: 0,63%;
- Habitação: 0,48%;
- Artigos de residência: -0,42%;
- Vestuário: -0,35%;
- Transportes: 0,27%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,08%;
- Despesas pessoais: 0,58%;
- Educação: 0,02%;
- Comunicação: -0,50%
Alimentos e Bebidas
Para chegar no número da inflação, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) seleciona nove grupos de produtos e serviços para analisar a variação de preços e dentre os nove grupos, seis tiveram aumento de preços. O destaque ficou com alimentos e bebidas.
Os preços no subgrupo alimentação no domicílio subiram 0,75%, pressionados pela cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). Apresentaram queda o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).
Já a alimentação fora de casa subiu 0,32%, alta menor que a de outubro: 0,42%.
Serviços Públicos
Outro item que contribuiu para aumentar a inflação de novembro foi habitação, que subiu 0,48% e pesou 0,07% no total da inflação. Reajustes em serviços públicos também impactaram o resultado. A conta de energia aumentou 1,07% por causa de recomposições de preços em Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre. A tarifa de água e esgoto subiu 1,02% com aumentos localizados em Fortaleza e no Rio de Janeiro.
Transportes
O preço das passagens aéreas teve um impacto significativo na inflação no grupo de transportes. Para que tenhamos ideia do impacto, as passagens de avião tiveram uma elevação de 19,12%, diante disso, foi o subitem com maior contribuição individual (0,14%) no IPCA de novembro.
As quedas nos preços da gasolina (-1,69%) e do etanol (-1,86%) ajudaram a segurar os preços dos combustíveis, que caíram 1,58%. Os artigos de residência (-0,42%), vestuário (-0,35%) e comunicação (0,50%) tiveram deflação em novembro.