Resumo da Notícia:

No penúltimo dia de 2020, por meio da sua conta no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o aumento do salário mínimo que passará de R$ 1.045 para R$ 1.100, a partir do primeiro mês de 2021.

Esse aumento representa 5,26% no salário mínimo. Esse ajuste tem como objetivo reparar as perdas no poder de compra dos brasileiros devido à alta de preços ao longo de 2020.

Vale lembrar que na prática, assalariados e beneficiários do INSS ficarão pelo segundo ano consecutivo sem aumento real na remuneração.

Ao atualizar as bases para o Orçamento de 2021, o governo havia informado ao Congresso que o salário mínimo ficaria em R$ 1.088, pois ainda estava com uma projeção menor para a inflação. Com a atualização, as despesas obrigatórias vão crescer em ritmo mais intenso, já que o piso é referência para o pagamento de aposentadorias, pensões e outros benefícios. O resultado é uma pressão ainda maior sobre o teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação e que teve ampliação bem mais modesta, de apenas 2,13%.

O reajuste do salário mínimo considerou que o INPC, índice que serve de referência para o piso nacional, terminará o ano com alta de 5,22%. Com isso, o piso passaria a R$ 1.099,55 – arredondados então para os R$ 1.100 anunciados. Caso os preços avancem mais que isso, o salário mínimo pode acabar tendo um reajuste menor que a inflação, como ocorreu no início de 2020.

Em janeiro deste ano, o salário mínimo aumentou em 4,1%, para R$ 1.039, mas o ajuste ficou abaixo dos 4,48% do INPC. Inicialmente o governo informou que poderia fazer a compensação no ano seguinte. Sob críticas, porém, uma nova medida provisória elevou o valor para os R$ 1.045 que vigoraram a partir de fevereiro.

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